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sábado, setembro 20, 2003

Emanuel: Revolução na música popular

E falando em Tony Carreira, não resisti a desenterrar este inocente divertimento, lá dos trutíferos arquivos, dos idos em que o germe deste belogue surgiu. Falo, é claro, do nosso querido The Amazing Trout Club.

Emanuel: Revolução na música popular
Autor: Manel da Truta
Data: 14/5/2003
Hora: 22:19

Agora é pá galhofa!

No armazém onde a malta tem estado a ensaiar há umas revistas dos co-locatários, entre as quais fui descobrir uma Super Maxim com uma entrevista que é uma revelação para qualquer músico. Deliciem-se com alguns trechos, que eu cá nem comento.

Super Maxim, Setembro de 2002

"Emanuel, isso do pimba ainda está a dar?

-Sempre deu e continuará a dar. A diferença é que a partir de 1994, em vez de cinco, passámos a ter 500 cantores de música ligeira popular. Alguns intragáveis (tipe, tu?), uns razoáveis outros bons e cerca de dez muito bons (eles são mesmo muitos, foda-se!).

Então porque é que o Emanuel não aparece na televisão?

-Aí estamos a falar do factor moda, empolgado (desta gosto, empolgado...) pelos média. Entre 1996 e 1998, foi a moda do pimba, que desapareceu com a vinda (vinda?... de onde?) das "boys" e "girlsbands". Mas isso também já acabou. Acredito que a música popular vai regressar, talvez com menos impacte (também gosto, impacte...).

Mas o pimba só virou moda porque as pessoas gostam de ouvir música sobre sexo (a música em cima do sexo, ahn, o quê? queres ver que no pimba também há música programática?)...

-Nada disso. Quando escrevi o "Nós Pimba", nunca levei a letra para o lado sexual (eu nessa altura até andava no seminário e escrevi aquilo para uma aula de Introdução à Filosofia de Santo Agostinho...). As pessoas é que fizeram isso. E ainda bem! Mas o verdadeiro sucesso está na magia da melodia (whooooa!)...

O segredo, então, não está na magia do sexo?

-Não. Está na melodia. Andei vários anos a pesquisar e a desenvolver a música popular para conseguir esta sonoridade (acho que vocês na Gulbenkian a esta hora devem ter ouvido a minha gargalhada! Nem consigo comentar... Ainda estou com o diafragma aos pulos.)...

As músicas populares são todas iguais!

-Não senhor. Sou músico e produtor experimentado. Estudei música tradicional, que não saía da cepa torta (o Graça e o Giacometti só não andam às voltas no túmulo porque vozes de burro não chegam ao céu), para saber como haveria de criar um novo estilo. Analisei tudo, do vira ao corridinho, e verifiquei que o que controlava melhor o ritmo do corpo era o chula (o chula? E é assim mesmo, o ritmo do corpo quer-se é bem controlado e quadrado, como a música, que é para dar com a forma do cérebro do compositor). A partir daí, criei novos sentidos melódicos (diafragma aos saltos). Isto é mais complicado do que as pessoas pensam (diafragma no tecto).

É como criar um produto novo...

-Sim, mas não é como uma lata de sardinhas. Isto é arte. É uma obra-prima da música popular (Amoooor! Viste por aí o meu diafragma?). Mas lá chegaremos. A história está a jogar a meu favor. Quando algum técnico (sim, um técnico de resíduos sólidos...) que perceba de música analisar o meu trabalho, vai perceber que houve uma revolução (e mai nada!) na música popular. Foi essa revolução que fez o sucesso.

Já entendemos que isto é um produto muito bem pensado, mas a verdade é que a maioria das pessoas diz que o pimba não presta.

-Quando ouço essas coisas não sei se chore se ria (estás como eu a ler esta entrevista!). Já devíamos ter abandonado essa mentalidade (livra!!!!). Não gostar de uma coisa não significa que não tenha qualidade (pois não, eu farto-me de dizer é muito bom, está muito bem feito, mas não gosto. Claro que nunca o disse em relação a ti, filho!). As pessoas têm de entender que para diferentes estados emocionais há diversas músicas.

Mas apesar da qualidade da sua música, sabe que nunca será convidado para dar concertos no CCB ou no Casino. Isso deixa-o triste?

-Não. Ter vinte mil pessoas à frente (eu tive cinquenta mil na manif, tunga!), em apogeu máximo (que dizer mais?) e a cantar as minhas canções, é uma sensação tão boa como estar a cantar no CCB. Os outros músicos não são melhores do que eu (presunção e água benta...). Desenvolvem é a arte de outra forma (...tanto dá até que fura.). Se tivesse continuado a tocar guitarra quatro horas por dia - como tocava - (e a tansa da minha irmã, agarrada ao piano o dia todo? Tenho de lhe dizer que é um desperdício de tempo!)em vez de ser orquestrador e produtor, se calhar também estava lá.

Pois, mas será sempre um pimba e não alguém que faz arte. Aceita bem isso?

-Sou um homem crescido e evoluído, por isso tenho de ser condescendente (obrigada, Rabi! Que seria de nós, pobres seres pensantes, sem a tua infinita misericórdia?!). As pessoas não conseguem ver a diferença entre o bom e o mau (oh pá, é que está tão escondida...). Metem os cantores deste género no mesmo saco (pois, bela ideia. Todos num saco e o saco pelo rio abaixo. Morra o pimba, morra glup glup glup!). Não aceito bem isso, claro. Preferia que as pessoas estivessem mais elucidadas."

Ora digam lá que não foi um bocadinho bem passado. E para terminar em beleza só queria acrescentar que também apanhei uma noticiazinha onde a Cláudisabel (acho que é assim que se escreve...) diz que vai fazer um monólogo... com outra artista.

Palavras para quê? Artistas portugueses...