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sexta-feira, outubro 03, 2003

Farmácias católicas recusam venda de pílulas do dia seguinte e medicamentos abortivos

Li agora mesmo, no Publico.pt, a notícia de que as farmácias dirigidas por católicos se recusam a vender medicamentos abortivos, pílulas do dia seguinte ou dispositivos intra-uterinos, alegando que se trata de produtos que "atentam contra a vida".

De acordo com a notícia, o presidente da Associação dos Farmacêuticos Católicos Portugueses, Luís Mendonça, explica que são mais moderados em relação aos preservativos e às pílulas anti-concepcionais, uma vez que "Ainda não decidimos sobre esta matéria, mas não temos deixado de vender, pois há que saber se a liberdade de quem vende se deve sobrepor à liberdade de quem procura". E conclui da seguinte forma: "Será justo que um doente crónico, que precisa de medicamentos para sobreviver, adquira estes fármacos com a mesma comparticipação do que um produto que melhora a performance intelectual e até sexual?"

Ora bem! Nada como escolher uma profissão aparentemente neutra para, a partir daí, tentar evangelizar o mundo, impondo aos que nada têm a ver com isso uma determinada visão religiosa, ainda que, para isso, tenha de se renunciar parcialmente ao exercício da profissão que se escolheu!
Já estou a imaginar... lojas de casacos de peles cujos empregados não vendem casacos de peles em prol da defesa dos direitos dos animais, MacDonalds com gerentes vegetarianos e que se recusam a vender hambúrguers, deputados que repudiam o estado de direito democrático e que, em protesto, adormecem no hemiciclo... as possibilidades são infinitas!
Já os estou a imaginar a escolher o curso “hum... vou para farmácia! Para depois, quando tiver uma farmácia só minha, me recusar a vender medicamentos! Aha! Primeiro os DIU, em seguida os pensos rápidos, depois o mundo!!! [olhar esgazeado, gargalhada tonitruante, e tal...]”

Fiquei só com uma dúvida: a última afirmação do senhor presidente fez com que eu tivesse deixado de perceber qual é a questão, afinal! Se calhar é de mim, mas o que é que a comparticipação dos medicamentos tem a ver com o facto de a farmácia se recusar a vendê-los? É a farmácia que estabelece o grau de comparticipação? E se não concordar que os comprimidos para a azia sejam comparticipados, também se recusam a vendê-los? “Ah, refastelaste-te com um lauto almoço, foi? Queres um anti-acidozito? Querias!! Tivesses comido uma sande de queijo, como eu!”