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quinta-feira, novembro 06, 2003

Caros gregos II

"A Irmandade Pitagórica revigorou a Matemática com a sua zelosa procura da verdade através da prova. As notícias do seu êxito espalharam-se, mas os pormenores das suas descobertas permaneciam um segredo bem guardado. Muitos requeriam a admissão ao santuário recôndito do conhecimento, mas só as mentes mais brilhantes eram aceites. Um dos que foram reprovados foi um candidato chamado Cylon. Cylon não levou a bem a sua rejeição humilhante e, vinte anos mais tarde, preparou a sua vingança.

Durante a sexagésima sétima olimpíada (510 a.C.) houve uma revolta na cidade vizinha de Sybaris. Telys, o chefe vitorioso da revolta, iniciou uma campanha bárbara de perseguição aos apoiantes do anterior governo, o que levou muitos a pedir santuário em Croton. Telys exigiu que os traidores regressassem a casa para sofrer o devido castigo, mas Milo e Pitágoras persuadiram os cidadãos a resistir ao tirano e proteger os refugiados. Telys ficou furioso e mobilizou imediatamente um exército de 300 000 homens, marchando sobre Croton, onde Milo defendeu a cidade com 100 000 cidadãos armados. Depois de setenta dias de batalha, a suprema chefia de Milo levou-os à vitória (...)

Apesar do fim da guerra, a cidade de Croton estava ainda perturbada devido a discussões sobre o que fazer com os espólios da guerra. Receosos de que as terras fossem dadas à elite pitagórica, muitos em Croton começaram a protestar. Havia já crescentes ressentimentos entre as massas, devido ao facto da Irmandade continuar a guardar os seus segredos, mas sem consequências até que Cylon se destacou como a voz do povo. Aproveitou o medo, paranóia e inveja da multidão e chefiou-a na missão de destruir a mais brilhante escola de Matemática que o mundo jamais viu. A casa de Milo e a escola anexa foram cercadas, todas as portas fechadas e entaipadas para evitar a fuga e depois foi-lhes lançado fogo. Milo lutou e conseguiu fugir ao inferno, mas Pitágoras, com muitos dos seus discípulos, foi morto.

A Matemática perdeu assim o seu primeiro herói, mas o espírito pitagórico sobreviveu. Os números e as suas verdades eram imortais. Pitágoras tinha demonstrado que, mais do que qualquer outra disciplina, a Matemática é um assunto que não é subjectivo. Os seus discípulos não tinham de decidir sobre a validade de uma teoria particular. A verdade de uma teoria era independente da opinião. Em vez disso, a construção da lógica matemática tinha-se tornado o árbitro da verdade. Esta foi a maior contribuição dos pitagóricos à civilização - uma forma de alcançar a verdade que não depende da falibilidade do julgamento humano.

(...)"

in A Solução do Último Teorema de Fermat, de Brian Singh

Aconselho vivamente este livro, como podem calcular... entre outras coisas, relembra-me que dos gregos até hoje pouco mudou, a barbárie e a ignorância continuam a imperar, a mediocridade e a inveja dominam. Mas antes de Pitágoras e depois dele, muitos foram os que não desistiram do mundo, da vida e das gentes. Graças a eles temos candeias que nos alumiam quando anoitece.