Perda de espaço
Infelizmente para a liberdade de expressão, o blogue assim chamado não tem o equivalente aos nossos salmonetes, portanto vou ter de deixar aqui uma breve resposta à breve resposta ao Crítico que lá encontrei. Estes textos assim apresentados sob este pendão particular fascinam-me... na melhor linha G.W.Bush, embora mais palavroso.
Pois bem:
Defender a democracia não pode significar impô-la - assumindo que é esse o objectivo, porque neste momento só acredita nisso quem quer - dizia eu, impô-la pela força num país e numa cultura autónomos e muito mais distantes do que possam parecer: isso significa que antes de ser implantada a democracia já está mumificada, donde, morta. O que, pensando bem, para regimes-fantoche não deixa de ser uma vantagem...
É absolutamente kafkiano que se clame que defender o direito à vida é pegar em armas para a atacar - e em nome de interesses estratégicos e económicos, como tem estado à vista de toda a gente menos dos tenrinhos que se deliciam com as reposições do MacGyver na SICRadical.
A Ciência Política não deveria ser incompatível com o humanismo, isto, claro, se se encarar a política como um serviço e não como proveito. Mas pelos visto é mais fácil esbugalhar os olhos e balir. Se a Ciência Política é isto, então não percebo por que se espantam com a triste evolução deste mundo. Bali, carneiros, bali. Graças aos vossos arrogantes balidos, os cordeiros inocentes continuam a ser sacrificados no altar do deus-poder, do deus-dinheiro, do deus-guerra, do deus-mentira.
Dormi tranquilos com as vossas consciências de defensores da vida... E continuai a balir, até que chegue a vossa vez de entrar no ensopado.