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quarta-feira, dezembro 03, 2003

O outro lado dos espelhos

Este texto é uma resposta ao Afonso Neves, que eu gosto muito de ler e com quem gosto muito de discutir, mas que desta vez se deixou levar por um certo fervor, digamos assim, e meteu a paça na pota, perdão, a pata na poça. Qual será, afinal, a razão das coisas? Vamos falando, talvez cheguemos a algum lado…

O Afonso começa por “defender-se” do meu primeiro parágrafo. Não compreendo a necessidade, meu caro. Era apenas uma introdução pessoal a um tema que considero sensível, visando deixar bem claros os valores, conceitos e princípios dos quais parto nas minhas avaliações deste tipo de assunto. Tem o mesmo valor que tem o seu parágrafo de resposta, é uma visão pessoal do ser humano e do mundo, a minha. Este tipo de assunto já foi até discutido entre trutas neste mesmo blogue. Diz que vos chamo lunáticos, que troço da fé de milhões. Longe de mim tal intenção! Não reduzo a fé de ninguém, quem sou eu para fazê-lo? Critico veementemente, isso sim, instituições religiosas que fizeram e fazem da manipulação, da opressão e do obscurantismo parte fundamental da sua História e da sua acção. Isso para mim é que é troçar da fé de milhões. Quanto a considerar a necessidade de pertença a uma confissão religiosa um refúgio, perdoe-me, mas não vejo em que possa ser ofensivo ou arrogante. É um sentimento produto de uma reflexão interior que me levou a onde estou – e onde, penso que como qualquer um de nós, nunca poderei garantir que permanecerei enquanto viva. Faria muito gosto em discutir estes assuntos consigo, mas devo deixar bem clara uma coisa: esse parágrafo em que me acusa de ser arrogante padece de uma certa e arrogante tendência de alguns crentes face à espiritualidade dos ateus, considerando sempre que ela não existe. Acredite, é um engano.

O dilema entre minhotas e beirãs tem a sua piada. Como entre o litoral e o interior. Obviamente, o recurso ao luto e ao lenço preto foi na tentativa de chegar a uma analogia simples, mas não necessariamente simplista. Quanto aos apedrejamentos, convido-o a ler a série de salmonetes do post a que se refere – concordará comigo que os apedrejamentos caberão na mesma categoria que a excisão e a mutilação como castigo por pequenos delitos, espero eu. Só fico a reflectir sobre uma pequenina coisa, que me deixa sempre menos tranquilo do que o desejável: é que existem tantas formas diferentes de “apedrejar” alguém…

Pode tudo isto ser uma reacção aos mullahs escondidos? Pois com certeza que sim! Mas onde está o racionalismo da Europa? Onde estão os princípios democráticos, onde está a liberdade? Quem somos nós, senhores, quem queremos ser? Continuaremos dispostos a hipotecar o futuro deste planeta e de quem o habita à estúpida surdez que tudo justifica?

Quanto ao resto, Afonso, nada a acrescentar. A Bíblia até está na minha mesa de cabeceira…

Um abraço.

P.S.
O meu nome é Manel da Truta, não das Trutas. Ao contrário do que possa parecer, eh eh eh, elas não são minhas...