Terrorismo político
Não me canso de divulgar opiniões que me parecem calmas e perspicazes. A vez a Os dias depois.
Tão perigoso como o fundamentalismo islâmico é o fundamentalismo cristão quando inventa guerras assentes em mentiras. A espiral do ódio para que estamos a ser conduzidos tem de ser travada por alguém. Democraticamente. Foi o que começou a fazer o povo espanhol. Por cá, os arautos dos pajens de Washington que temos actualmente no poder, aperceberam-se de repente que a seguir pode ser aqui. Sobressaltados com os resultados das eleições em Espanha lançaram-se, portanto, numa escalada de terrorismo verbal. O que eles, os nossos rambos (como são chamados, e bem, no Glória Fácil) pretendem dizer-nos é: se amanhã não votarem no poder instalado estareis, vós todos também, portugueses, a apoiar o terrorismo. É uma mensagem infame. É a ameaça velada de quem, no fundo, gostaria de poder decretar o pensamento único. E já agora, porque não?, o partido único.