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segunda-feira, maio 24, 2004

Jorge de Sena e a Vida

No post Experiências, o nosso querido Tiago oferece-nos Jorge de Sena. A filosofia de Sena. O amor à vida.
Ia comentar no Litanias, mas este parágrafo toca-me tanto que não resisto a reproduzi-lo e a comentá-lo aqui.

Depois, vou reparando nesta curiosíssima coisa:
aquilo a que toda a gente chama experiência, vida, etc., é puramente um conjunto de regras práticas para esquecer que se vive. Porque, se a gente se lembra da vida, não há "experiência" possível - e a experiência é outra, mais funda, embora feita, só e também, do que se vê e adivinha. Pois se chamam experiência ao saber tornar a fazer o que já se fez - não é isto a negação da vida?




É genial e clarividente. Crítico e compassivo. Do que ele fala é da necessidade que temos de pensar pouco ou o menos possível. Da sofreguidão com que criamos sistemas mentais sólidos que nos definam e justifiquem os caminhos - como se soubéssemos o suficiente para isso, como se não fôssemos simples e admiráveis animais como os outros. Fala da nossa incapacidade de viver sem esse "conjunto de regras práticas para se esquecer que se vive". Ainda que esse conjunto seja acrescentado e mutilado aqui e ali ao longo do percurso, ele existe sempre, sem ele entramos em pânico, achamos que vamos perder-nos irremediavelmente - como se alguma vez tivéssemos sabido onde estamos...

Até que começamos a entender que até é mais fácil viver assim, com a experiência do descobrir fascinado de todos os dias e não com as experiências que coligimos como se de receitas se tratassem.