<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d5669356\x26blogName\x3dThe+Amazing+Trout+Blog\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dTAN\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://theamazingtroutblog.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://theamazingtroutblog.blogspot.com/\x26vt\x3d7427130160736514488', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe", messageHandlersFilter: gapi.iframes.CROSS_ORIGIN_IFRAMES_FILTER, messageHandlers: { 'blogger-ping': function() {} } }); } }); </script>

segunda-feira, junho 28, 2004

Deixa-me saber o que tens entre as pernas para poder lidar convenientemente contigo...

Este é o mundo em que vivemos. Ainda. Este pedido estapafúrdio nunca se ouve, nunca se verbaliza, mas é ainda um interruptor que o mais da sociedade tem necessidade absoluta de ligar. Às vezes para perceber do grau de ridículo de um preconceito, é um bom método verbalizá-lo sem contemplações e ver se olhamos para nós próprios da mesma forma depois de fazê-lo: "Boa tarde, eu sou o Manel, tenho vagina, sou heterossexual, e você é?..." Pois, disparate não é? Somos pessoas, a diferença enriquece-nos, não nos superioriza ou inferioriza, só a tacanhez nos inferioriza, só a mesquinhez, só o preconceito de querermos esconder, banir ou castigar o que não entendemos, o que não escolhemos para nós próprios ou mesmo o que outros não escolheram para nós.

Este ano a Marcha e o Arraial Pride tiveram motivo extra para festejar: o 13 já não é um 31, constitucionalmente a orientação sexual não pode ser razão para qualquer tipo de discriminação ou favorecimento. Donde há ainda muito trabalho para fazer, já que temos agora muitos regulamentos civis e legais que são... anti-constitucionais. O casamento civil é logo o primeiro engulho. Mas por todos os motivos e mais alguns, esta luta não é só da comunidade LGBT, é de todos nós. A liberdade não se compadece com espíritos estreitos - ou melhor, os espíritos estreitos têm todo o direito de existir em liberdade, mas NUNCA deverão ter o poder ou a veleidade de cercear a dos outros - bem sei que a História me desmente [se bem que nem sempre, nem sempre...], mas a História fazêmo-la nós. Quem disser o contrário anda a tentar roubar chupas e rebuçados sem perceber que os meninos já são uns latagões perfeitamente capazes de defender as próprias guloseimas.

E foi meu prazer, a convite do Paulo, participar no Arraial e, logo a seguir à Odette Insert-Coin, entrar no palco com as minhas chinelas rasas - para desenjoar um bocadinho de tanta mulheraça - e oferecer duas grandes canções a quem se dirigiu ao Parque do Calhau em Monsanto para ser feliz sem culpas ou medos.

From craddle to tumb isn't that long a stay... life is a cabaret, old chum, and I love a cabaret!

Como cereja no topo do bolo, revi a blogayesfera já conhecida e tive oportunidade de conhecer o Pagan e as meninas Caccao que são lindas [acho que ando a precisar de rever aquela história de ser heterossexual, eu só me impressiono com mulheres, caraças!... não, com homens também, mas são menos de facto...] e levam um pouco de liberdade atrás de si para onde quer que vão - soube-me bem vê-las abraçadas à luz do dia, sem pudores, na manifestação em Belém no dia seguinte: mas basta olhar para os olhos daquelas duas mulheres para perceber que ali só há amor e verdade - base da mais aberta e mais inexpugnável das fortalezas. Um beijo para vocês, miúdas.