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quinta-feira, julho 15, 2004

Nós também aderimos: o Nuno foi Truta Por Um Dia

No seguimento de uma discussão sobre aquele senhor que elegemos para Belém, o nosso compincha Nuno presenteou-nos com uma sequência de salmonetes que valem bem um post. Então cá vai um sinal de que a economia afinal foi inventada pelos homens...

A política de austeridade de que tanto se fala apenas veio aumentar o défice. É verdade que ainda estamos no curto prazo, mas as teorias keynesianas da terapia de choque já são olhadas com bastante suspeição pela generalidade dos economistas.

Todos nos lembramos, seguramente, do "choque fiscal" e de quais os efeitos propagandeados pelo PSD durante a campanha. Só por esse exemplo pode ver-se que mesmo aqueles que defendem agora a austeridade já defenderam também os argumentos contrários. Em Economia, e particularmente na área de Desenvolvimento, o ponto de partida é o que define a validade/eficiência de uma estratégia.

Eu tenho poucas dúvidas que o PSD aprofundou a crise deliberadamente. Segundo a teoria dos ciclos eleitorais é relativamente fácil manipular um eleitorado pouco informado (aqui tenho de simplificar) através da redução da despesa pós-eleições para permitir aumentos da despesa antes das eleições. Assim, antes das eleições as coisas estariam aparentemente a melhorar, melhorando a imagem do Governo aos olhos dos eleitores.

Qual o risco? O aumento da despesa na segunda parte do mandato pode ser entendido pelo eleitorado como hipócrita, após tanto discurso de seriedade, ou seja, poderia ser a morte política de Durão Barroso.

Solução: Entra um candidato populista, que pouco depois de entrar começará a dizer que a situação já estabilizou (relativamente ao ponto de partida) e é altura do "choque fiscal" ou de aumento da despesa. Assim, ele não é visto como hipócrita (pois não passou dois anos com o discurso da austeridade) e melhorarará artificialmente o desempenho da economia para chegar às eleições em crescimento (tão artificial como o de Guterres e, arrisco dizê-lo, menor dada a diferença de expectativas). Assim Durão ainda voltará um dia para se candidatar à presidência com uma imagem de seriedade e firmeza que, na minha opinião, é quase o oposto dele.

PSL ainda não se apercebeu que caso as coisas corram mal ele será o bode expiatório dentro do PSD e recairá sobre ele a culpa de todos os males do mundo. Durão sai intocável e deixa Sampaio (por não fazer aquilo que disse - garantir a continuação das políticas de Durão) e o PSL como os vilões desta situação.


Se as coisas correrem bem, Durão recolherá os louros pois virá dizer que PSL seguiu o programa "dele", que já contemplava a viragem da política económica no momento certo.



Está tudo previsto, senhores, tudo previsto. Giro giro era se ele não conseguisse convencer o PSE e voltasse com a mala de cartão...