Ai, saudade!
Ouvi hoje o insigne deputado Guilherme Silva desfiando os anátemas dos excessos de democracia, atacando os precedentes abertos por esta decisão, perdão, por este abuso de poder por parte de Jorge Sampaio[?!]. Que pensou que estivéssemos a salvo de uma arbitrariedade destas desde 1982 – a isto é o que eu chamo confiança cega nas revisões constitucionais, eheheh –, que assim caminhamos para um regime mais presidencial. Eu concordo, de facto. Acho que 20 anos é pouco tempo. Devíamos recuar mais ainda, ao tempo em que o chefe de governo, em vez de ser nomeado, nomeava o Presidente da República. Aliás, nem precisam de grande ginástica mental para compreender que têm à disposição um legítimo herdeiro do saudoso Américo Tomás: Avelino Ferreira Torres à presidência! E Santana Lopes a chefe do Conselho vitalício. E os manda-chuvas da secreta têm de ser da confiança pessoal do partido no governo. E beber vinho é dar de comer a um milhão de portugueses. E dEus vos acompanhe. A bem da nação.