De um país de salas pequeninas
Ouço na Antena 1 que, novamento, Joe Berardo ameaça levar a sua colecção de arte para outro país. Uma colecção completíssima, de enorme representatividade da arte dos últimos cem anos -mais coisa menos coisa-, há anos aguardando um espaço que permita disponibilizá-la inteira e não aos bochechos a um público que suspira por viagens ao Mo.Ma, às Tates e aos vários Gugenheims do mundo civilizado. Isto enquanto por esse mesmo mundo há quem suspire por esta colecção, ofereça condições, garanta tratá-la como ela merece, como o que ela é: uma das maiores e melhores colecções de arte contemporânea, nada mais. Enfim, nada de muita monta para um país como o nosso. O homem está farto. E pode-se censurá-lo? Eu já lhe agradeço o facto de, por enquanto, ainda andar a marrar por aqui. E para começar, vou tirar uma bela tarde para ir ver, assim que possa, a mostra que hoje inaugurou no Museu de Arte Contemporânea de Sintra, assim como a exposição dedicada a novos artistas japoneses.