<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d5669356\x26blogName\x3dThe+Amazing+Trout+Blog\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dTAN\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://theamazingtroutblog.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://theamazingtroutblog.blogspot.com/\x26vt\x3d7427130160736514488', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

domingo, janeiro 23, 2005

Os budistas têm razão. A meditação altera o funcionamento do cérebro, podendo mesmo modificá-lo em termos físicos.

A Pública de hoje fala-nos das recentes conclusões a que chegaram os cientistas que conseguiram do Dalai Lama a colaboração numa experiência, digamos, "exploratória" da meditação. No centro de ioga que frequento não é raro comentar-se com humor estas "descobertas" da ciência acerca do que tradicionalmente se tende a encarar como algo não-científico, mesmo raiando o sobrenatural, misterioso e provavelmente mentiroso - à primeira vista, pelo menos, e sob uma encandeante luz de racionalismo ocidental. Uma prova deste pensamento resistente e pedante é a inexistência de uma interacção efectiva nos sistemas de saúde entre as medicinas do mundo, por mais provas dadas e reiteradas de que a cura, a prevenção e o bem-estar estão longe de se esgotar na medicinal tradicional do Ocidente. Mesmo assim vamos tendo um ou outro médico que na privacidade do consultório de pedigree tem a clarividência de encaminhar um doente para shiatsu ou ioga, para um osteopata ou um acunpunctor. Mas sempre pela porta do cavalo, sempre oficiosamente, claro, somos profissionais académicos e respeitáveis.

Mas redigo que a luz racionalista tem de ser absolutamente branca e ofuscante para que a negação seja a resposta-padrão a tudo o que não traz o selo validante de um laboratório oficial europeu ou americano. Qualquer pessoa que tenha com disponiblidade experimentado a troca de energias de uma massagem shiatsu vai ter uma extrema dificuldade em ironizar sobre a noção de chakra, por exemplo. Alguém que seja muito incipientemente treinado na meditação já experimentou o suficiente para intuir, pelo menos, a imensidão de portas que o cérebro revela por abrir, e consequentemente poderá e deverá ter a visão e a humildade de deduzir que se para o iniciado isto é subitamente claro, no caso do Mestre - para manter as terminologias - há um longo caminho já percorrido e incontáveis portas já abertas... mesmo que apenas para novos corredores de portas cerradas.

A ciência ocidental descobriu, finalmente, que a meditação transforma o cérebro - ou talvez apenas a ciência tenha até hoje ignorado a meditação no rol de coisas que o podem afectar positiva ou negativamente, como o sono, a cor, o olfacto, a música, a luminosidade, enfim, já estou a especular. A notícia só me espanta por tardia. Mas se como ocidental sinto que devo a mim mesm@ uma auto-crítica constante e construtiva e por tal corre-me o dedo a zombar da bem-vinda descoberta de David Richardson que La Pallice não desdenharia, como human@ não posso deixar de atentar num ponto que de pequeno tem pouco: duvido que há cem anos atrás uma vintena de monges se submetesse a meditar com 250 sensores eléctricos acoplados à mona. Assim até eu digo: que bela é a globalização!