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quinta-feira, janeiro 20, 2005

Quando um velho desiste de viver...

... os gestos em volta tornam-se perdidos e confusos, os passos são tacteantes e os toques receosos. Quando um velho desiste de viver a casa percebe, mas não necessariamente os que a habitam, desolados com o tempo que avança, zangados com a colaboração ausente daquele que querem amarrar à vida. Quando um velho finalmente deixa de viver o coração chora pelos olhos secos, as crianças gritam nervosas e ganham medo aos corredores, a culpa de tudo o que se fez e se deixou de fazer insinua-se, venenosa, insidiosa, carunchosa. É a vida, pensamos. Era o tempo, se nada houve que fizesse precipitar tudo em tão poucos dias. Mas mais poderíamos ter feito para que a vida merecesse luta. Mais poderíamos ter oferecido para que os tempos em tempos fossem mais felizes. E sob o sol e entre as campas se sussurra mea maxima culpa e se mascara por momentos a consciência de que se viveste interiormente sozinho e em perene zanga e censura com quem te rodeia é certo que assim morrerás e essa fantasiosa culpa deve morrer a teu lado. Solteira.

Quando um velho decide morrer as vidas pesadas pesam tanto que se tornam leves e os dias futuros revelam-se como páginas brancas aguardando a nossa caligrafia.