<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d5669356\x26blogName\x3dThe+Amazing+Trout+Blog\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dTAN\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://theamazingtroutblog.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://theamazingtroutblog.blogspot.com/\x26vt\x3d7427130160736514488', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

quinta-feira, janeiro 20, 2005

Quando um velho desiste de viver...

... os gestos em volta tornam-se perdidos e confusos, os passos são tacteantes e os toques receosos. Quando um velho desiste de viver a casa percebe, mas não necessariamente os que a habitam, desolados com o tempo que avança, zangados com a colaboração ausente daquele que querem amarrar à vida. Quando um velho finalmente deixa de viver o coração chora pelos olhos secos, as crianças gritam nervosas e ganham medo aos corredores, a culpa de tudo o que se fez e se deixou de fazer insinua-se, venenosa, insidiosa, carunchosa. É a vida, pensamos. Era o tempo, se nada houve que fizesse precipitar tudo em tão poucos dias. Mas mais poderíamos ter feito para que a vida merecesse luta. Mais poderíamos ter oferecido para que os tempos em tempos fossem mais felizes. E sob o sol e entre as campas se sussurra mea maxima culpa e se mascara por momentos a consciência de que se viveste interiormente sozinho e em perene zanga e censura com quem te rodeia é certo que assim morrerás e essa fantasiosa culpa deve morrer a teu lado. Solteira.

Quando um velho decide morrer as vidas pesadas pesam tanto que se tornam leves e os dias futuros revelam-se como páginas brancas aguardando a nossa caligrafia.