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... e apaixonei-me perdidamente...
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Gonçalo Waddington [Vaz]
... [já não é a primeira vez que que me apaixono pelo trabalho do Gonçalo, mas enfim, vale sempre a pena notar -além de que estava bonito que se farta e se há coisa que o Joaquim Leitão sabe fazer é filmar rostos difíceis e apaixonantes como este].
A série não tem grandes rasgos, mas segue o argumento e os diálogos deixados pelo "dissidente" Luís Filipe Rocha, tem belíssimos planos, uma direcção de actores irrepreensível e algumas interpretações impressionantes - Adriano Luz, São José Correia, Paulo Pires [dificilmente imagino um Ramos mais convincente, tenho de dar a mão à palmatória, e ainda por cima transmimtiu toda a tensão sexual e emocional entre a personagem e Maria, compensando a opacidade com que Leonor Seixas serve uma das mais transparentes personagens da história], Marco de Almeida, António Melo, Carla Chambel e a que acho a grande revelação, Nuno Nunes, são apenas alguns exemplos. Continuo para mim a conjecturar o que poderia ter sido disto se Luís Filipe Rocha não tivesse abandonado o projecto, mas não posso - por mais que me apeteça - desancar no trabalho do Joaquim Leitão. Posso apenas convencer-me, uma e outra vez, que se a nossa ficção televisiva não sai do lixo não é por falta de respiradouros, mas por falta de vontade.
[E sim, estive para aqui a suspirar por ter ficado de fora disto tudo por uma unha negra... chuifff]