



Um blockbuster que tresanda a independente. Uma personagem com pathos, o american psycho que uma curiosa mistura entre ocidente e oriente, raiva e introspecção, lança do caminho da vingança para o da procura da justiça. Uma fantasia agarrada aos não-ditos, às emoções reais, aos labirintos do poder e aos devaneios de messianismo. E três homens que me tiram do sério, a acrescentar à lista privada do Manel - se aquele senhor ali de óculos não é um dos mais geniais actores vivos, eu não sei o que é um actor genial, ou antes, um genial camaleão. E há ainda Caine, Freeman, cenas de encher o olho doseadas e cosidas com o argumento. Enfim. Nunca pensei virar as costas ao Burton, mas este é O filme sobre esta personagem em equilíbrio instável entre a poderosa metáfora, o conto de fadas noir e a mais perfeita idiotice. Parem os rufos! O funâmbulo Christopher Nolan cruzou o arame sem um passo em falso que se veja. Why do we fall down? So we can learn how to pull ourselves up.