Ultrapassámos já as 17 000 assinaturas na Petição Contra a Extinção do Ballet Gulbenkian
Porque uma fundação como a Gulbenkian, embora privada, não pode fingir não ter responsabilidades públicas. Porque esta foi uma decisão política, pessoal, indigna do ponto de vista artístico, ético e laboral.
Porque o BG é um marco vivo da dança contemporânea em Portugal e no mundo, e como tal tem de ser respeitado, e não sumariamente exterminado por um bando de tecnocratas que alimentam a alma com notas de dólar.
Porque somos cidadãos com coragem para defender o que é seu por direito de 40 anos de comunhão artística e caminho conjunto.
Porque - entre duas [contadas] críticas aos termos do texto - tenho recebido consecutivas mensagens de apoio, oferta de ajuda e agradecimento, por parte de bailarinos, coreógrafos, estudantes, músicos, reformados, carteiros, arquitectos, do país e de todo o mundo, enfim... need I say more? [Acabou de chegar - enquanto escrevia este post - mais uma mensagem, não sei se é a número 19 ou 20].
Por tudo isto entregaremos hoje a petição - com mais de 11 000 subscritores - ao CA da Fundação Calouste Gulbenkian. E por tudo isto o endereço na internet continuará activo, porque a onda de repúdio e solidariedade parece estar a dar a volta ao mundo e ainda não terminou.
Contra o "Quero, posso e mando!" Contra as arbitrariedades. Contra a morte de um corpo vivo que dá mais a Portugal que os administradores da Gulbenkian todos juntos. O Ballet Gulbenkian não pertence ao Sr.Rui Vilar nem à Sr.ªTeresa Gouveia. Pertence a todos nós. E nós defendê-lo-emos.
P.S.
Ontem no Público, Teresa Patrício Gouveia afirmava que a extinção do Coro e da Orquestra não está em cima da mesa. Péssimo sinal, já que a mesma administradora utilizou, no mesmo jornal há cerca de três meses, praticamente as mesmas palavras para sossegar quem temia pelo Ballet Gulbenkian. Se é isto que vale a palavra do CA da FCG, é melhor o pessoal começar a arrumar as rabecas, que porta de saída está a abrir-se.