<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d5669356\x26blogName\x3dThe+Amazing+Trout+Blog\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dTAN\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://theamazingtroutblog.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://theamazingtroutblog.blogspot.com/\x26vt\x3d7427130160736514488', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe", messageHandlersFilter: gapi.iframes.CROSS_ORIGIN_IFRAMES_FILTER, messageHandlers: { 'blogger-ping': function() {} } }); } }); </script>

domingo, outubro 09, 2005

No caos se transformam as almas

Arte, chuva, história. Uma energia acelerada que ferve esquina a esquina. Poluição - os romanos buzinam demais, caramba! -, turistas, confusão. E por incrível que pareça nunca me orientei tão bem e tão rapidamente numa cidade desconhecida - talvez porque nunca uma cidade desconhecida me tenha parecido tão familiar e próxima. Mais chuva. O peso da ICAR por todo o lado não é suficiente para castrar todo o instinto, toda a sedução que percorre os poros destes latinos. E que melhor meio pode existir de subversão? Só às esculturas do Museu Vaticano conseguiram cortar caralhos e mamilos, nunca aos romanos [hão de cair, cair, cair, cair]. Persegue-nos a beleza. E a atrocidade. Os novos mártires não constroem termas com nomes imperiais, dormem antes a poucos metros do muito que delas resta, sob as arcadas da estação Termini, mal abrigados da chuva. Famintos e sós. Dormem, porque o sono é meio sustento, mesmo os novatos, que acordam ainda em sobressalto ao som de quaisquer passos, mesmo esses o sabem já [cair sempre e sempre, ininterruptamente]. A energia que se desprende das pedras envolve e arrasta para uma vertigem de emoções e sentidos. As pedras confundem-se com os rostos dos romanos. Com os sorrisos insinuantes. Com os olhares despudorados. Com os cabelos escuros e as auras vivas. E Roma mantém-se eterna [na razão directa do quadrado dos tempos].

Roma, 7 de Outubro de 2005