Pausa militante na licença sabática*
Apenas para vos fazer notar esta pérola de campanha. É bom que não esqueçamos, ao votar em Cavaco não estamos a votar num idóneo político não-profissional que, qual avôzinho desejado que em tempos se chamou Sebastião e agora já não recorda o próprio nome, virá providencialmente reequilibrar-nos os mealheiros e passajar-nos os pés-de-meia; estamos, isso sim, a votar nisto.
As pessoas que não sabem História ainda pensam que o Estado Novo foi uma ditadura. Já tenho perguntado a juristas que digam se foi um governo de força ou de tipo proteccionista. A verdade é que foi um regime em que a lei funcionava e em que os próprios titulares dos cargos davam o exemplo da austeridade.
Em tudo isto. É essa a nossa responsabilidade. É essa a nossa decisão. A história no-la cobrará mais tarde. Mas não esta história do senhor Veríssimo Serrão, que transforma opressão em austeridade, hipocrisia em exemplo, tirania em bondade. De alguma forma, é ilusoriamente tranquilizador que o senhor Veríssimo Serrão, como o senhor Cavaco, presumo, estejam noutra história que não a minha. Demasiados vilões também chateia...
*[ou seja, que vai pelo menos até sábado...]