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quarta-feira, janeiro 11, 2006

Vitória, vitória? Mas se ainda não se acabou a história...

Sessenta e um, dizem eles. Sessenta e um por cento. Mas é mentira. Desses sessenta e um apenas cerca de 39% são intenções reais de voto, o resto são contas-malabarismos especulatórios feitos com os 25% de indecisos [muito mais provavelmente de esquerda que de direita] que nestas sondagens, curiosamente, se decidiu distribuir pelos candidatos ao invés de os sublinhar como aquilo que são: indecisos.

E agora pensem comigo - sim, porque se o Público pode decidir que o Cavaco pulverizou já a hipótese de uma segunda volta com base em 39% das intenções reais de voto no proto-salazar contra 25% de indecisos [há coisas que nunca é demais repetir] também aqui na truta se pode dar um bocado à barbatana no sentido inverso deste holográfico remoinho -, pensemos então na possibilidade de um futuro mais risonho: quantos dos votantes em Cavaco não terão ainda decidido votar nele?; não será mais plausível que estes indecisos se encontrem precisamente no terreno da dividida [e ainda bem] esquerda, nomeadamente no eleitorado socialista, mas não só? Quantos alérgicos ao Cavaco conhecem vocês que estejam indecisos, angustiosamente indecisos? Eu cá não tenho mãos para os contar. Até há bem pouco tempo me encontrava entre eles. Já tomei uma decisão, mas houve momentos em que achei que só com a caneta na mão me decidiria. Mas isso nunca me livrou da certeza de que votaria, e não em Cavaco. Quantos estão ainda por aí como eu? Basta, portanto, que grande parte desta indecisão tome este rumo ou o da abstenção para garantir uma segunda volta. E as altíssimas expectativas que um tal resultado goraria seriam o suficiente para apagar para sempre esse "sopro de vitória" que a propaganda disfarçada de comunicação e informação nos quer impingir como arrasador. Não há razões plausíveis para tomar a vitória de Cavaco à primeira volta como facto consumado. Há apenas sondagens-propaganda ao melhor estilo fascizóide. Respirem fundo, ok? É tempo de agir, não de desistir.

Entretanto, a não perder, a sempre clara análise do Miguel Vale de Almeida, n'Os Tempos que Correm, e a respectiva caixa de comentários que graças à questão logo lançada pela Leonor Areal se torna num bom antídoto para a sensação de derrota que o post acaba por deixar. Ela não é certa, essa temida vitória da ausência de ideias, de verticalidade, de honestidade, de humanidade. E todos sabemos, há décadas, que o que faz falta é avisar a malta. Na era da comunicação, porque não tomar em mãos alguma informação relevante e pôr o pessoal a pensar e a respirar?