A voz nas vozes [ou Revolução 4]
Ao fim de uma jornada de trabalho, o primeiro 25 de Abril a trabalhar de manhã à noite, o segundo sem sentir no corpo aquela tremenda energia que enche a Avenida, da Liberdade ela mesma, sem cantar abraçada a alguém acabado de conhecer ou a um amigo, irmão ou conhecido de longa data. Sem cravo no cabelo. Passo no meu inescapável Renas e vou parar a esta página. Antes de mais, queria agradecer ao Boss, pelo seu post A Internacional Grândola Vila Morena - o título aqui reproduzido por inteiro pelo simples facto de o achar maravilhoso - que me emocionou [e me fez rir também] e me acordou a memória física dessa energia que tanta falta me fez. Naturalmente, agradeço, acima de tudo, ao elidiez por recolher e publicar estas preciosidades. Ouvir novamente a poderosa Grândola de Charlie Haden, aquelas vozes tão sul-americanas da versão chilena, e, muito especialmente, a tocante e tão próxima versão galega, é um doce modo de dizer "Bom dia!" ao trigésimo terceiro ano da nossa revolução. E de ver viver ainda hoje um músico livre e genial chamado José Afonso.