para as minhas trutas lindas
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Frika, Outubro de 2006
Esta pirralha que aqui vêem ainda não arranjou uma voz que se veja. Quando chegou abria a boca e só saía o som longínquo de um reco-reco mexicano comprado na feira do relógio, entretanto já se começam a perceber umas quantas frequências, mas nunca em consonância com o escancarar da boca, que sugere mais um leãozinho que um pato de borracha. Hoje lá mandou uma chiadela mais compridita, para me pedir que lhe abrisse a torneira do bidé [sim, logo na primeira semana aprendeu com os outros dois a beber dali, e é por coisas como esta que não percebo quem considera o bidé uma peça obsoleta]. Ela bem que se esforça, coitada, mas não há maneira de ter um miado decente. Já lhe disse que assim nunca mais entra para a Gulbenkian.