Arroz de Pato
A avó Cremilda lá me deu a receita do melhor arroz de pato que eu já comi, mas confesso que fico sempre com a sensação de que ela não me diz tudo, não porque não queira partilhar a receita, mas porque para ela há coisas que são tão óbvias que nem carecem de ser ditas.
Mas aqui vai:
Arranjar um bom pato, tirar-lhe a pele e as asas (blargh, espero que os senhores do talho o façam por mim), porque isto é um arroz de pato light, sem muitas gorduras.
Mete-se o pato numa panela com água, juntamente com um bom molho de salsa, outro de coentros, 4 cabeças de alho (grandes), 1 cebola, 1 folha de louro e um punhado de grãos de pimenta. Junta-se um bocado de chouriço, previamente picado com um garfo, e um naco de presunto. Temperar com sal.
Isto fica pelo menos 45mn a cozer. Talvez um pouco mais...
Tira-se o pato, passa-se a água de cozer por um passador e reserva-se.
Coze-se a quantidade de arroz desejada na água onde cozeu o pato, e enquanto isso desfia-se o bicho, tirando tudo quanto é ossos e peles que por acaso tenham ficado.
Quando o arroz estiver quase cozido (mesmo quase, mas ainda um pouco rijinho), deita-se numa travessa e mistura-se com o pato desfiado. Agora é uma questão de gosto... para o arroz ficar húmido, não se pode escorrer totalmente a água onde cozeu. Eu acho boa ideia guardar um bocadinho dessa água numa tigela, para o caso de ter de corrigir.
Corta-se o chouriço às rodelas e presunto aos bocadinhos e põe-se por cima do arroz ou misturado no mesmo, conforme o gosto.
Leva-se ao forno a tostar um bocadinho (a minha avó não foi específica neste ponto, parece que depende muito do forno em questão).