quarta-feira, maio 31, 2006
Pasmo
O Abílio - Billy, para os amigos -, acabou de miar uma oitava perfeita. E o Abílio não é nenhum estudante de música duro de ouvido, é o meu gato.
O Abílio - Billy, para os amigos -, acabou de miar uma oitava perfeita. E o Abílio não é nenhum estudante de música duro de ouvido, é o meu gato.
terça-feira, maio 30, 2006
sexta-feira, maio 26, 2006
Há muito tempo que não citava um texto de outro blog, mas este...
Requiem em Fá menor
«Vinte euros? Isso são quatro contos.»
«É o Requiem em Ré menor... de Mozart...»
«Bem sei, mas ainda assim é caro. Nem sequer conheço o maestro. É russo?»
«Creio que é de um daqueles países novos, para esses lados, sim. Mas repare que este requiem é em Ré menor.»
«Ora essa. Há outro?»
«É singular que pergunte, porque de facto temos um em Fá menor.»
«De Mozart? Como é possível?»
«Caiu ao chão e ficou assim. Foi do choque na escala, deslocou uns meios-tons.»
«Hum. E isso é audível?»
«Audível, audível... depende da sua definição de audível. A soprano vê-se aflita, mas a contralto, o baixo e o tenor desenrascam-se bem. É outra tonalidade, decerto, mas o temperamento é o mesmo, está a ver? Pior seria se tivesse passado de menor a maior. Isso era logo lixo com ele. Assim pode ser que daqui a uns anos até valha dinheiro.»
«Hum. Em Fá menor...»
«Quinhentos paus.»
«Bom, vá lá. Para ouvir no carro.»
do Bandeira
Requiem em Fá menor
«Vinte euros? Isso são quatro contos.»
«É o Requiem em Ré menor... de Mozart...»
«Bem sei, mas ainda assim é caro. Nem sequer conheço o maestro. É russo?»
«Creio que é de um daqueles países novos, para esses lados, sim. Mas repare que este requiem é em Ré menor.»
«Ora essa. Há outro?»
«É singular que pergunte, porque de facto temos um em Fá menor.»
«De Mozart? Como é possível?»
«Caiu ao chão e ficou assim. Foi do choque na escala, deslocou uns meios-tons.»
«Hum. E isso é audível?»
«Audível, audível... depende da sua definição de audível. A soprano vê-se aflita, mas a contralto, o baixo e o tenor desenrascam-se bem. É outra tonalidade, decerto, mas o temperamento é o mesmo, está a ver? Pior seria se tivesse passado de menor a maior. Isso era logo lixo com ele. Assim pode ser que daqui a uns anos até valha dinheiro.»
«Hum. Em Fá menor...»
«Quinhentos paus.»
«Bom, vá lá. Para ouvir no carro.»
do Bandeira
O corpo e os outros
Muitas vezes martirizamo-nos com os nossos "defeitos" ou características físicas de que menos gostamos. Somos capazes de olhar para um espelho e não ver nada para além do nariz que preferíamos que fosse mais pequeno, do peito que gostávamos que fosse maior ou daquelas borbulhas irritantes que teimam em aparecer sempre na véspera de um acontecimento importante. Como se não bastasse essa nossa mania de nos reduzirmos ao que nos chateia, ainda aparecem os outros, de que tão bem falam a Azul e o Manel... é mesmo muito fácil menorizar os outros pela apreciação das suas características físicas. Normalmente características que não podemos alterar.
No entanto, alguns desses problemas resolvem-se, felizmente. Com mais ou menos esforço, é certo, mas resolvem-se. O peito pequeno pode aumentar-se, o rabo gordo pode emagrecer-se. E onde é que estão, nessa altura, os palermas que nos coisificaram, reduzindo-nos a uma determinada característica física? A criticar outra vez, dizendo que estávamos muito bem assim, "que disparate teres emagrecido" ou coisas do género.
Cada um é livre de fazer com o seu corpo o que bem entender. Se isso significar sujeitar-se a cirurgias plásticas, dietas rigorosas ou coisas do género NINGUÉM nem nada a ver com isso senão o próprio. Cada um é que sabe o que é que, para si, constitui um problema e se o quer resolver ou não, se isso estiver ao seu alcance. Não há pachorra para os juízos estéticos que fazem das nossas características físicas, e muito menos para os juízos morais quando as tentamos resolver.
E vocês, restantes trutas, devem ser das mulheres mais bonitas e sensuais que eu conheço. Ai de quem tente dizer o contrário.
Ou não tenho razão?... :)
(as duas primeiras fotografias são da Truta Rodrigues e a terceira de João Tuna)
Muitas vezes martirizamo-nos com os nossos "defeitos" ou características físicas de que menos gostamos. Somos capazes de olhar para um espelho e não ver nada para além do nariz que preferíamos que fosse mais pequeno, do peito que gostávamos que fosse maior ou daquelas borbulhas irritantes que teimam em aparecer sempre na véspera de um acontecimento importante. Como se não bastasse essa nossa mania de nos reduzirmos ao que nos chateia, ainda aparecem os outros, de que tão bem falam a Azul e o Manel... é mesmo muito fácil menorizar os outros pela apreciação das suas características físicas. Normalmente características que não podemos alterar.
No entanto, alguns desses problemas resolvem-se, felizmente. Com mais ou menos esforço, é certo, mas resolvem-se. O peito pequeno pode aumentar-se, o rabo gordo pode emagrecer-se. E onde é que estão, nessa altura, os palermas que nos coisificaram, reduzindo-nos a uma determinada característica física? A criticar outra vez, dizendo que estávamos muito bem assim, "que disparate teres emagrecido" ou coisas do género.
Cada um é livre de fazer com o seu corpo o que bem entender. Se isso significar sujeitar-se a cirurgias plásticas, dietas rigorosas ou coisas do género NINGUÉM nem nada a ver com isso senão o próprio. Cada um é que sabe o que é que, para si, constitui um problema e se o quer resolver ou não, se isso estiver ao seu alcance. Não há pachorra para os juízos estéticos que fazem das nossas características físicas, e muito menos para os juízos morais quando as tentamos resolver.
E vocês, restantes trutas, devem ser das mulheres mais bonitas e sensuais que eu conheço. Ai de quem tente dizer o contrário.
Ou não tenho razão?... :)
(as duas primeiras fotografias são da Truta Rodrigues e a terceira de João Tuna)
quinta-feira, maio 25, 2006
Que giro...
Alguém pode explicar-me então por que raio as minhas paixões por peixes deram sempre sushi?
Agora, o que achei graça neste resultado é que não me surpreendeu, não no que se refere necessariamente ao amor físico, antes me fez imediatamente pensar numa específica amizade que também é física, pois que se complementa em conversa, risos, lágrimas e abraços. E o facto é que, tirando uma ou outra excepção, sempre tive relações fortes de amizade com peixes - basta avaliar pela trutaria, que tenha o signo que tiver é especialista em dar à barbatana. O amor, afinal, o que é?
Alguém pode explicar-me então por que raio as minhas paixões por peixes deram sempre sushi?
Your True Love Is a Pisces |
Why you'll love a Pisces: Selfless and intuitive, you are perfect for a Pisces that lives to love you. You're sensitive enough to appreciate and explore the deep emotions of a Pisces. Why a Pisces will love you: You're generous and totally giving in relationships, something Pisces demands. You are also dreamy enough to get lost in fantasy with Pisces, but realistic enough to stay grounded. |
Agora, o que achei graça neste resultado é que não me surpreendeu, não no que se refere necessariamente ao amor físico, antes me fez imediatamente pensar numa específica amizade que também é física, pois que se complementa em conversa, risos, lágrimas e abraços. E o facto é que, tirando uma ou outra excepção, sempre tive relações fortes de amizade com peixes - basta avaliar pela trutaria, que tenha o signo que tiver é especialista em dar à barbatana. O amor, afinal, o que é?
quarta-feira, maio 24, 2006
segunda-feira, maio 22, 2006
sexta-feira, maio 19, 2006
quarta-feira, maio 17, 2006
Campo da vergonha
Esganiçava-se ontem um fadista (ou coisa que o valha, que aquilo não era fado, nem voz, nem gente!), na "gala" de abertura do Campo Pequeno, dizendo que a tourada era...
...fazer da morte um poema!
Só posso ter vergonha disto, desta gente que não só considera aceitável torturar um animal como acha que se deve fazer disso um espectáculo.
A morte de um animal para entretenimento de alguns selvagens não é um poema, não é sinónimo de "coragem", como muitas vezes apregoam. É só cobardia e maldade. Só isso.
Esganiçava-se ontem um fadista (ou coisa que o valha, que aquilo não era fado, nem voz, nem gente!), na "gala" de abertura do Campo Pequeno, dizendo que a tourada era...
...fazer da morte um poema!
Só posso ter vergonha disto, desta gente que não só considera aceitável torturar um animal como acha que se deve fazer disso um espectáculo.
A morte de um animal para entretenimento de alguns selvagens não é um poema, não é sinónimo de "coragem", como muitas vezes apregoam. É só cobardia e maldade. Só isso.
terça-feira, maio 16, 2006
Manif: 18 de Maio : 20h : Praça de Touros do Campo Pequeno, Lisboa
Junte-se à ANIMAL, à PETA, à Animal Defenders International, à League Against Cruel Sports e ao Comité Anti-Touradas da Holanda e venha exigir um "Campo Pequeno Sem Touradas"
visto no Renas
Eu lá estarei. Levo farnel de casa e tenciono fazer cara feia. Há-de ser sempre mais bonita que os esgares de quem se deleita com o abjecto sofrimento de um animal.
Junte-se à ANIMAL, à PETA, à Animal Defenders International, à League Against Cruel Sports e ao Comité Anti-Touradas da Holanda e venha exigir um "Campo Pequeno Sem Touradas"
visto no Renas
Eu lá estarei. Levo farnel de casa e tenciono fazer cara feia. Há-de ser sempre mais bonita que os esgares de quem se deleita com o abjecto sofrimento de um animal.
sexta-feira, maio 12, 2006
Variações sobre um Actor
Que poderia eu escrever sobre a pérola de divertimento, inteligência e sensibilidade [apesar das aparências, a ordem é arbitrária] que António Durães e Luís Pipa apresentam no Salão-tão-mais-ou-menos-Nobre? Muita e parca coisa. Não que haja pouco para dizer, mas porque está tudo na voz e no rosto do António. Alguém que consegue fazer-me rir e chorar ao mesmo tempo não merece que eu desate para aqui a tagarelar, senão o meu mais agradecido silêncio. Mais cinco noites alucinantes, hilariantes, tocantes. Come a Joana, Manel, come a Joana, Manel...
Variações Sobre a Perversão
[Teatro Nacional de São João][11-13 Maio | 24:00] [18-20 Maio | 22:00]
Entre outras provocações, Arrigo Barnabé defende entusiasticamente a democratização do “Orgasmo Total”, Georges Brassens rima “pornographe” com “phonographe”, os Dead Kennedys estão simplesmente “Too Drunk to Fuck” e as virtualidades do “Amour à 3” são sublinhadas pelos Stereo Total. Mas há mais: o cravo bem temperado de Bach preludia “Taras e Manias” de Marco Paulo, Serge Gainsbourg dança “La Décadanse” e descobre afinidades insuspeitas com a música de Ludwig van Beethoven, Emanuel desvenda a ternura encerrada na fórmula mágica “Pimba Pimba” e António Durães transforma a candura dos clássicos infantis “Olha a Bola Manel” e “Joana Come a Papa”, de José Barata Moura, num manifesto de canibalismo sexual para maiores de 18 anos.
Pode um superlativo e respeitável actor juntar-se a um músico de formação clássica e entregarem-se ambos à transgressiva arte de desarranjar ao vivo um lote de canções perversas, picantes ou até mesmo indecentes? Pode o internacional-cançonetismo conviver de perto, sem se corromper, com a música de veneráveis compositores? Sim, claro, responde o recital Variações sobre a Perversão. E acrescenta: esqueçam os tabus (musicais, sexuais, outros), desliguem os telemóveis, relativizem a luta antitabágica e desconfiem dos “bífidus activos”…
direcção cénica, selecção de repertório, voz >> António Durães
direcção musical, piano >> Luís Pipa
Que poderia eu escrever sobre a pérola de divertimento, inteligência e sensibilidade [apesar das aparências, a ordem é arbitrária] que António Durães e Luís Pipa apresentam no Salão-tão-mais-ou-menos-Nobre? Muita e parca coisa. Não que haja pouco para dizer, mas porque está tudo na voz e no rosto do António. Alguém que consegue fazer-me rir e chorar ao mesmo tempo não merece que eu desate para aqui a tagarelar, senão o meu mais agradecido silêncio. Mais cinco noites alucinantes, hilariantes, tocantes. Come a Joana, Manel, come a Joana, Manel...
Variações Sobre a Perversão
[Teatro Nacional de São João][11-13 Maio | 24:00] [18-20 Maio | 22:00]
Entre outras provocações, Arrigo Barnabé defende entusiasticamente a democratização do “Orgasmo Total”, Georges Brassens rima “pornographe” com “phonographe”, os Dead Kennedys estão simplesmente “Too Drunk to Fuck” e as virtualidades do “Amour à 3” são sublinhadas pelos Stereo Total. Mas há mais: o cravo bem temperado de Bach preludia “Taras e Manias” de Marco Paulo, Serge Gainsbourg dança “La Décadanse” e descobre afinidades insuspeitas com a música de Ludwig van Beethoven, Emanuel desvenda a ternura encerrada na fórmula mágica “Pimba Pimba” e António Durães transforma a candura dos clássicos infantis “Olha a Bola Manel” e “Joana Come a Papa”, de José Barata Moura, num manifesto de canibalismo sexual para maiores de 18 anos.
Pode um superlativo e respeitável actor juntar-se a um músico de formação clássica e entregarem-se ambos à transgressiva arte de desarranjar ao vivo um lote de canções perversas, picantes ou até mesmo indecentes? Pode o internacional-cançonetismo conviver de perto, sem se corromper, com a música de veneráveis compositores? Sim, claro, responde o recital Variações sobre a Perversão. E acrescenta: esqueçam os tabus (musicais, sexuais, outros), desliguem os telemóveis, relativizem a luta antitabágica e desconfiem dos “bífidus activos”…
direcção cénica, selecção de repertório, voz >> António Durães
direcção musical, piano >> Luís Pipa
quinta-feira, maio 11, 2006
A panca dos pais natais alpinistas...
... continua, primavera adentro. É que não há pachorra!... Desta vez, e porque o nascimento de um grande armazém é semelhante a um milagre redentor para os rebanhos ansiosos, o que se celebra é a breve abertura de um deles.
É caso para dizer que Natal é quando o Corte Inglés quiser. Nos vamos a El Corte Inglés, comprar caramillos de nata, y unos pantalones, y caramillos de nata...
Vila Nova de Gaia, Maio de 2006
Fotografias de Violeta
... continua, primavera adentro. É que não há pachorra!... Desta vez, e porque o nascimento de um grande armazém é semelhante a um milagre redentor para os rebanhos ansiosos, o que se celebra é a breve abertura de um deles.
É caso para dizer que Natal é quando o Corte Inglés quiser. Nos vamos a El Corte Inglés, comprar caramillos de nata, y unos pantalones, y caramillos de nata...
Vila Nova de Gaia, Maio de 2006
Fotografias de Violeta
Só 40%?... Ainda me safo!
Your Deadly Sins |
Lust: 80% |
Pride: 60% |
Sloth: 60% |
Envy: 40% |
Gluttony: 40% |
Greed: 0% |
Wrath: 0% |
Chance You'll Go to Hell: 40% |
You'll die while in the throws of passion - the best way to go. |
domingo, maio 07, 2006
O chá do PP
Diz Telmo Correia, entre os brioches do congresso, que é bom que Ribeiro e Castro não conjugue muitas vezes o verbo "acatar", porque é um verbo a que os militantes do CDS não estão habituados. Típico: querem que a sociedade acate as suas regras, moraizinhas e preconceitos, mas neles não admitem que ninguém mande.
Diz Telmo Correia, entre os brioches do congresso, que é bom que Ribeiro e Castro não conjugue muitas vezes o verbo "acatar", porque é um verbo a que os militantes do CDS não estão habituados. Típico: querem que a sociedade acate as suas regras, moraizinhas e preconceitos, mas neles não admitem que ninguém mande.