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sexta-feira, julho 13, 2007

Descubra as diferenças


Notícia do Público.pt
Namir Noor-Eldeen
Fotógrafo da agência Reuters assassinado no Iraque
12.07.2007 - 22h56 Reuters

Namir Noor-Eldeen, fotógrafo da agência Reuters no Iraque, morreu hoje, bem como o seu motorista, durante confrontos com insurgentes. A polícia iraquiana aponta o dedo a bombardeamento norte-americano.

Notícia da Reuters
Reuters photographer and driver killed in Iraq
Thu Jul 12, 2007 5:39pm ET

LONDON (Reuters) - An Iraqi photographer and driver working for Reuters in Iraq were killed in Baghdad on Thursday in what witnesses said was a U.S. helicopter attack but which the military described as a firefight with insurgents.


A Reuters, em toda a notícia, nunca "toma posição" sobre o que aconteceu. Relata as duas possibilidades, diz quais são as fontes das duas versões, informa .
Já o Público (que indica como fonte, precisamente, a Reuters) decide, logo na primeira frase, como é que o fotógrafo morreu.

Este "jornalismo de referência" é assustador.

terça-feira, junho 05, 2007

Os hojes que não cantam

Sinais, do Fernando Alves. Para ouvir e pensar.

quinta-feira, abril 19, 2007

Pão-de-Meter-Dó...


Fiz ontem o pior bolo de todos os tempos... Um pão-de-ló que empapou, não cresceu, meio-colado à forma... Uma coisa indescritível que consegui trincar ontem e hoje está duro como um bacalhau. Metade da massa empederniu e por cima ficou uma pequena crosta que cresceu um milimetro no forno. E ainda dizem que a disposição de uma pessoa influencia. Eu estava tão bem disposta...


Vergonhoso...

Pica-miolos*



Volta e meia passam-me umas revistas femininas pelas mãos nos ensaios do coro... Não me lembro do nome desta, ainda está enfiada na minha estante, atrás das partituras (por enquanto é só uma, Macbeth de Verdi). Por entre a verdadeira floresta de anúncios de maquilhagem, perfumes, jóias, roupa, acessórios, cremes de beleza e que tais, estava um artigo, muito lightezinho (que a cabecinha das mulheres mais não permite) acerca das dificuldades de conciliação da carreira com a vida familiar... Pejadinho estava ele de estórias de infelicidade devido à crescente incapacidade feminina (os mecanismos de regulação do universo empresarial continuam vocacionados para os homens e para o sucesso profissional masculino) em conciliar o melhor de dois mundos. A moral do artigo, tão bem documentada pelos casos verídicos, é de que as mulheres estão a perder o melhor da vida delas quando optam pela carreira em detrimento da vida familiar... Opinião partilhada por Sylvia Ann Hewlett, autora de Creating a Life: Professional Women and the Quest for Children. Aceito. Mas não concordo totalmente... É um mundo difícil, sempre o foi, para as mulheres, em especial desde a industrialização e da entrada destas no mercado de trabalho. Tantos séculos de coisificação do outro sexo, o supostamente frágil, só poderiam levar-nos a um precário equilíbrio entre os recentemente conquistados direitos de igualdade e a hereditária massa informe da desumanização (que continua viva, como bem o prova a força da indústria pornográfica e o tráfego de mulheres, e não se recomenda).

Mas a verdade é que tenho muita dificuldade em vestir estas camisolas do one size fit all... É que a senhora termina o seu livro/estudo com a seguinte conclusão/conselho:

Hewlett's advice to young women is strangely retro: get married you'll be happier and healthier. She counsels them to give "urgent priority" to finding a marriage partner fast, "have your first baby before 35" and look for work at a family-friendly corporation.

E gostaria de cruzar este conselho com a estatística de divórcios nos Estados Unidos do National Center for Health Statistics:

Marriage and Divorce
(Data are for U.S. for year indicated)
Number of marriages: 2,230,000
Marriage rate: 7.5 per 1,000 total population
Divorce rate: 3.6 per 1,000 population (46 reporting States and D.C.)

Quase metade dos casamentos nos Estados Unidos terminam em divórcio. Em Portugal a situação é semelhante. Alguém me explica o porquê do conselho de Sylvia Ann Hewlett? A aposta no outro não poderá revelar-se, a médio/longo prazo, um verdadeiro tiro no pé? A estatística aponta para tal... (In)Felizmente, e mais uma vez, parece-me que quando se trata de decidir acerca da nossa concentração de esforços, é tudo uma questão de fé. Tenho fé de que o casamento me realiza plenamente enquanto pessoa? Mas mais do que uma carreira? Faça favor de comprar o livro e seguir o conselho de Hewlett... Se possível, opte até por deixar de trabalhar.

O meu trabalho não é somente algo que faço para me sustentar todos os meses. A minha vocação é cantar. É aí que está a minha fé. Na crença de que é meu dever levar até às últimas consequências as possibilidades da minha voz e do meu ser. E é agora, e não baseada em suposições do que posso vir a sentir aos 45 anos, que eu tenho de tomar decisões...

Há também aqui uma série de paradigmas subreptícios no meio desta descoberta das necessidades "familiares" nas mulheres mais velhas... 17% das portuguesas moram sozinhas... Estarão todas infelizes? A taxa de natalidade está pelas ruas da amargura... É necessário definir o modelo: as mulheres têm de ter filhos, têm de constituir famílias, têm de sentir todas necessidade de procriar antes dos trinta (ou pouco depois). E não há melhor do que pô-las a meditar nas possíveis futuras angústias da meia-idade. Lamento, a necessidade ainda não se me enfiou pela cabecinha. E a minha estatística diz-me que faria muito mau negócio em apostar por aí... Ainda por cima, só tenho dois pezinhos. Andar para aí aos tiros seria, no mínimo, tolo.



*Ok... Eu sei que o texto também está no outro blog... Prometo originais para a semana, só para as trutas... :-)

segunda-feira, abril 16, 2007

Parvoíce da semana...


É favor dar um saltinho e espreitar ESTE antes de ver o que aqui coloquei.



A propósito de criacionismo:





É que se as bananas também são "filhas de dEus", eu recomendo a sua protecção...


Criacionismo seguro?!...

domingo, abril 15, 2007

Arroz de Pato

A avó Cremilda lá me deu a receita do melhor arroz de pato que eu já comi, mas confesso que fico sempre com a sensação de que ela não me diz tudo, não porque não queira partilhar a receita, mas porque para ela há coisas que são tão óbvias que nem carecem de ser ditas.
Mas aqui vai:

Arranjar um bom pato, tirar-lhe a pele e as asas (blargh, espero que os senhores do talho o façam por mim), porque isto é um arroz de pato light, sem muitas gorduras.
Mete-se o pato numa panela com água, juntamente com um bom molho de salsa, outro de coentros, 4 cabeças de alho (grandes), 1 cebola, 1 folha de louro e um punhado de grãos de pimenta. Junta-se um bocado de chouriço, previamente picado com um garfo, e um naco de presunto. Temperar com sal.

Isto fica pelo menos 45mn a cozer. Talvez um pouco mais...
Tira-se o pato, passa-se a água de cozer por um passador e reserva-se.
Coze-se a quantidade de arroz desejada na água onde cozeu o pato, e enquanto isso desfia-se o bicho, tirando tudo quanto é ossos e peles que por acaso tenham ficado.

Quando o arroz estiver quase cozido (mesmo quase, mas ainda um pouco rijinho), deita-se numa travessa e mistura-se com o pato desfiado. Agora é uma questão de gosto... para o arroz ficar húmido, não se pode escorrer totalmente a água onde cozeu. Eu acho boa ideia guardar um bocadinho dessa água numa tigela, para o caso de ter de corrigir.
Corta-se o chouriço às rodelas e presunto aos bocadinhos e põe-se por cima do arroz ou misturado no mesmo, conforme o gosto.

Leva-se ao forno a tostar um bocadinho (a minha avó não foi específica neste ponto, parece que depende muito do forno em questão).

segunda-feira, abril 09, 2007

Para a trutinha Alão - your wish is my command!

Favas com entrecosto
Ingredientes (para 2 pessoas um bocado alarves):
- 2 cebolas
- 2 dentes de alho (granditos)
- azeite
- 1/2 chouriço
- entrecosto (pouco)
- 1/2 morcela
- um bom molho e coentros
- favas (a olho)

Pica a cebola e os dentes de alho, junta azeite e deixa alourar. Pica o chouriço com um garfo e manda lá pa dentro, juntamente com o entrecosto. Deixa uns 10/15 minutos, com o lume mais ou menos brando. Depois junta as favas, água a ferver (é um pouco menos que a cobrir, para ficar muito molhinho) e um bom molho de coentros. Mas é mesmo um BOM molho. Daí a 10 minutos põe a morcela dentro do tacho com o resto, e deixa mais 20 minutos, sempre tapadinho (mas se puderes deixar um intervalo pequenino entre o tacho e a tampa, melhor.
A minha mãe recusa-se a mexer as favas com a colher de pau, para não as desfazer, mas eu confesso que adoro que algumas se desfaçam, para engrossar o molho.
Faz arroz branco para acompanhar.

sábado, março 17, 2007

Vá, Laranjinha, anima-te!

Toma lá um miminho, fiz esta pesquisa de propósito para ti. Se esta maravilha não te inspirar, não sei o que inspirará. Tomo a liberdade de sublinhar os meus trechos favoritos.

Num olhar dizes que não
Talvez baste uma respiração
Um toque faz-te dizer
As minhas palavras

O silêncio é a razão
De prever o que aí vem ou não
Em contas de mais ou menos
Não somos iguais

Refrão:

Sofro concílios
de um deus
que eu nunca vi

Ouço os sentidos
E os teus
Eu só sei por ti

Entre as pausas do falar
Eu invento com o coração
O espaço entre duas portas
Faz corrente de ar

Se algum dia me disseres
Os enganos até são vulgares
Fechar os olhos em silêncio
Num sinal de fé

Refrão:

Sofro concílios
de um deus
que eu nunca vi

Ouço os sentidos
E os teus
Eu só sei por ti

Sofro concílios
de um deus
que eu nunca vi

Ouço os sentidos
E os teus
Eu só sei por ti

O que será de mim
De ti, de nós enquanto

Refrão:

Sofro concílios
de um deus
que eu nunca vi

Ouço os sentidos
E os teus
Eu só sei por ti

Sofro concílios
de um deus
que eu nunca vi

Ouço os sentidos
E os teus
Eu só sei por ti

Ter-te por meias palavras
Que nem a razão entende
O que será de mim
De ti de nós enquanto


de quem poderia ser esta beleza de surrealismo e subtileza senão de Susi Féliz, essa referência no mundo poético-corrosivo da nossa maravilhosa Laranja; desafio-te a modificar este post com os teus comentários, a bem da sanidade mental geral, a nossa e a do AdC, eheheh.

quarta-feira, março 14, 2007

Um povo sem o conhecimento da sua história é como uma árvore sem raízes.
Marcus Garvey


Então estamos a caminho de tornar-nos num país com um super-intendente das polícias e onde as misercordiosas misericórdias tomarão o lugar dos serviços de saúde. Sim senhores, muito bem. Espero que no pacote venha um novo Bocage, ao menos não se perde tudo...


...

O curioso é que ainda há quem nos tente convencer de que isto é andar para a frente. Já estou como a Mafalda a olhar para o caranguejo: O FUTURO NÃO É PARA ESSE LADO!


a ler, a este (des)propósito, o sempre claro Rui Tavares.

terça-feira, março 13, 2007

Chamaram?


Não me fui embora. Não me tem apetecido, só isso...

sábado, fevereiro 10, 2007

À espera


Atalaia, Setembro de 2006


... amanhã pela noitinha já a fotografia nacional estará revelada.

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

World Press Photo



Davide Monteleone, Italy, Contrasto.
Israeli bombings of Lebanon, July

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Em resposta à Times Magazine...

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Nota mental

Da próxima vez que for comprar roupa para pirralhos sub 18 (meses):
- não ir buscar várias pecinhas pela loja fora para tentar formar várias toilletes, ocupando todo o balcão da loja para sobrepor aquela camisolinha amorosa com o casaquinho de sonho e mais os calçõezinhos que ficam ali mesmo a matar (e outros tantos conjuntinhos, um para cada ocasião);

- não fazer um ar enfastiado quando a empregada da loja nos diz que só têm aqueles 20 modelos de cachecóizinhos;

- não comprar mais roupa do que aquela que os bebés vão conseguir vestir na próxima década.

Ha! Eu sabia...

"Matthew Fisher, a founding member of 1960s rock group Procol Harum, has won a High Court battle over who wrote their hit song A Whiter Shade of Pale. (...) Now a computer programmer living in Croydon, south-east London, Fisher said the organ solo was inspired by classical composer Bach but he also had "his own ideas in his head."

Sempre disse que esta música era decalcada da aria para cordas! Sempre me responderam "ah, não, que diferente.. disparate". Mais de vinte anos depois, tenho a minha vingança! Tá bem que é um prato que se serve frio, mas não o podia requentar um nadinha?...

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Truta "Wheels on fire" Rodrigues

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