sexta-feira, outubro 31, 2003
Visitantes da semana
À semelhança do que fez o Mata-Mouros, as Trutas vêm eleger os 5 melhores visitantes do mês, que chegaram até ao nosso humilde viveiro através das seguintes pesquisas:
jeitosas;
criterios para hospedeira na tap;
secretario tetas famosa;
fetiche tetas grandes;
e o intrigante
desova Manel carimbo.
A eles, os nossos agradecimentos, voltem sempre, e esperemos que tenham encontrado o que procuravam!
À semelhança do que fez o Mata-Mouros, as Trutas vêm eleger os 5 melhores visitantes do mês, que chegaram até ao nosso humilde viveiro através das seguintes pesquisas:
jeitosas;
criterios para hospedeira na tap;
secretario tetas famosa;
fetiche tetas grandes;
e o intrigante
desova Manel carimbo.
A eles, os nossos agradecimentos, voltem sempre, e esperemos que tenham encontrado o que procuravam!
Dia Nacional da Desbrurolrcrlatrlizzaçrlão
Nada melhor, para comemorar o Dia Nacional da Desburocratização (instituído pela Resolução do Conselho de Ministros
n.º 30/90, de 16 de Agosto), do que pôr a Presidência do Conselho de Ministros a emitir um Despacho Normativo (n.º 44/2003, de 29 de Outubro), ao abrigo do n.º 2 do artigo 12.º do Decreto-Lei n.º 170/99, de 19 de Maio, e do despacho n.º 13 703/2002, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 138, de 18 de Junho de 2002, para que a INCM possa emitir o Diário da República de dia 30 de Outubro... com a cor verde!
Se tudo fosse assim tão simples!...
Nada melhor, para comemorar o Dia Nacional da Desburocratização (instituído pela Resolução do Conselho de Ministros
n.º 30/90, de 16 de Agosto), do que pôr a Presidência do Conselho de Ministros a emitir um Despacho Normativo (n.º 44/2003, de 29 de Outubro), ao abrigo do n.º 2 do artigo 12.º do Decreto-Lei n.º 170/99, de 19 de Maio, e do despacho n.º 13 703/2002, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 138, de 18 de Junho de 2002, para que a INCM possa emitir o Diário da República de dia 30 de Outubro... com a cor verde!
Se tudo fosse assim tão simples!...
quinta-feira, outubro 30, 2003
segunda-feira, outubro 27, 2003
Linha verde, sentido Cais do Sodré - Telheiras
Odeio gente. Acotovelam-se, empurram-se, esmagam-se, falam alto, falam mal. Pisam-se, deitam-se olhares mal-encarados, espetam-se e molham-se com os guarda-chuvas, cheiram mal. Dizem asneiras, falam alto, cheiram mal. Comem batatas fritas, bolachas, pipocas, deitam batatas fritas, bolachas, pipocas para o chão. Odeio gente.
Correndo o risco de parecer a psicopata que por vezes sou, dava-me imenso jeito ter uma espadita do Hattori Hanzo.
Odeio gente. Acotovelam-se, empurram-se, esmagam-se, falam alto, falam mal. Pisam-se, deitam-se olhares mal-encarados, espetam-se e molham-se com os guarda-chuvas, cheiram mal. Dizem asneiras, falam alto, cheiram mal. Comem batatas fritas, bolachas, pipocas, deitam batatas fritas, bolachas, pipocas para o chão. Odeio gente.
Correndo o risco de parecer a psicopata que por vezes sou, dava-me imenso jeito ter uma espadita do Hattori Hanzo.
sábado, outubro 25, 2003
Caros gregos...
"(...) Pitágoras fundou a Irmandade Pitagórica - um grupo de seiscentos seguidores que eram capazes não apenas de compreender os seus ensinamentos, mas que podiam acrescentá-los, criando novas ideias e provas. Depois de ser admitido na Irmandade, cada membro tinha de fazer a doação de todos os seu haveres mundanos para um fundo comum e caso algum membro deixasse a Irmandade, receberia duas vezes o que tinha originalmente oferecido, e uma pedra tumular seria dedicada à sua memória. A Irmandade era uma escola igualitária e incluía várias irmãs. A aluna favorita de Pitágoras era a própria filha de Milo, a bela Theano, e a despeito da diferença de idade, afinal, casaram-se.
Pouco depois de fundar a Irmandade, Pitágoras cunhou o nome filósofo e, desta forma, definiu os objectivos da sua escola. Enquanto assistia aos Jogos Olímpicos, Leão, príncipe de Flius, perguntou a Pitágoras como se descreveria a si mesmo. Este respondeu-lhe: Sou um filósofo, mas Leão, que não conhecia a palavra, pediu-lhe que se explicasse:
A vida, príncipe Leão, pode muito bem ser comparada a estes jogos públicos, pois que na vasta multidão aqui reunida alguns são atraídos pelo lucro e outros são impelidos pelas esperanças e ambições de fama e glória. Mas, entre eles, há uns poucos que vieram observar e compreender o que aqui se passa.
Acontece o mesmo com a vida. Alguns são influenciados pelo amor da riqueza enquanto outros são cegamente levados pela febre louca do poder e do domínio, mas o tipo mais elevado de homem dedica-se a descobrir o significado e o objectivo da própria vida. Procura descobrir os segredos da natureza. Este é o homem a quem eu chamo filósofo, pois, embora nenhum homem seja completamente sábio em todos os aspectos, ele pode amar a sabedoria como a chave dos segredos da natureza."
in A Solução do Último Teorema de Fermat, de Brian Singh, Relógio d'Água*
*obras tão boas em encadernações de tão má qualidade!...
"(...) Pitágoras fundou a Irmandade Pitagórica - um grupo de seiscentos seguidores que eram capazes não apenas de compreender os seus ensinamentos, mas que podiam acrescentá-los, criando novas ideias e provas. Depois de ser admitido na Irmandade, cada membro tinha de fazer a doação de todos os seu haveres mundanos para um fundo comum e caso algum membro deixasse a Irmandade, receberia duas vezes o que tinha originalmente oferecido, e uma pedra tumular seria dedicada à sua memória. A Irmandade era uma escola igualitária e incluía várias irmãs. A aluna favorita de Pitágoras era a própria filha de Milo, a bela Theano, e a despeito da diferença de idade, afinal, casaram-se.
Pouco depois de fundar a Irmandade, Pitágoras cunhou o nome filósofo e, desta forma, definiu os objectivos da sua escola. Enquanto assistia aos Jogos Olímpicos, Leão, príncipe de Flius, perguntou a Pitágoras como se descreveria a si mesmo. Este respondeu-lhe: Sou um filósofo, mas Leão, que não conhecia a palavra, pediu-lhe que se explicasse:
A vida, príncipe Leão, pode muito bem ser comparada a estes jogos públicos, pois que na vasta multidão aqui reunida alguns são atraídos pelo lucro e outros são impelidos pelas esperanças e ambições de fama e glória. Mas, entre eles, há uns poucos que vieram observar e compreender o que aqui se passa.
Acontece o mesmo com a vida. Alguns são influenciados pelo amor da riqueza enquanto outros são cegamente levados pela febre louca do poder e do domínio, mas o tipo mais elevado de homem dedica-se a descobrir o significado e o objectivo da própria vida. Procura descobrir os segredos da natureza. Este é o homem a quem eu chamo filósofo, pois, embora nenhum homem seja completamente sábio em todos os aspectos, ele pode amar a sabedoria como a chave dos segredos da natureza."
in A Solução do Último Teorema de Fermat, de Brian Singh, Relógio d'Água*
*obras tão boas em encadernações de tão má qualidade!...
sexta-feira, outubro 24, 2003
Crítica musical (da boa) II
Uma vez que o Crítico teima em continuar a não ir à Gulbenkian, aqui vos deixo um resumo do concerto de ontem.
O programa era interessante: Mozart (Concerto para Violino N.º 3, em Sol Maior), Beethoven (Romances n.ºs 1 e 2) e Hans Rott (Sinfonia em Mi Maior). A obra deste último compositor não é muito conhecida. Parece que ficou maluquinho, foi internado num hospício e morreu com apenas 26 anos de idade. Os intérpretes: Augustin Dumay e a Orquestra Gulbenkian. Dirigidos pelo maestro Michael Zilm...
...
...
aquele homem é tãããão lindo! Hum... ah, ok! A crítica ao concerto, é verdade! Já me esquecia... Pois! O maestro Zilm esteve muito bem. Muito bem, mesmo! Os outros também devem ter tocado bem! Confesso que não prestei muita atenção... já nem me lembro de os ter ouvido! Mas o maestro Zilm esteve muito bem... Muito bem, mesmo!
Uma vez que o Crítico teima em continuar a não ir à Gulbenkian, aqui vos deixo um resumo do concerto de ontem.
O programa era interessante: Mozart (Concerto para Violino N.º 3, em Sol Maior), Beethoven (Romances n.ºs 1 e 2) e Hans Rott (Sinfonia em Mi Maior). A obra deste último compositor não é muito conhecida. Parece que ficou maluquinho, foi internado num hospício e morreu com apenas 26 anos de idade. Os intérpretes: Augustin Dumay e a Orquestra Gulbenkian. Dirigidos pelo maestro Michael Zilm...
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aquele homem é tãããão lindo! Hum... ah, ok! A crítica ao concerto, é verdade! Já me esquecia... Pois! O maestro Zilm esteve muito bem. Muito bem, mesmo! Os outros também devem ter tocado bem! Confesso que não prestei muita atenção... já nem me lembro de os ter ouvido! Mas o maestro Zilm esteve muito bem... Muito bem, mesmo!
quinta-feira, outubro 23, 2003
O Senhor PR
Muito boa, a posta do Mata-Mouros sobre o nosso PR (de quem eu falei há pouco tempo, sem que alguém me tenha ligado).
O PR disse: «No exercício das suas funções, o Presidente da República está na posição singular de ter direito a toda a informação necessária e legítima, e de nessa posição se relacionar com todos os órgãos do Estado e seus titulares.» Eu também não percebi em que é que se fundamenta esse direito, relativamente a processos que se encontrem em segredo de justiça.
E agora pergunto: afinal não existe separação de poderes? Ou há quem esteja acima de tal princípio? O PR? Nesse caso, é legítimo deixar que o PR tenha interesses na área da justiça? É ele que decide o que entende por "fins menos legítimos" para utilizar a tal informação privilegiada? Os advogados do seu escritório poderão estar a beneficiar com esta especial prerrogativa do PR? Não digo, nem sequer insinuo, que isso alguma vez tenha acontecido, mas quando nos lembramos do caso Bayer...
Muito boa, a posta do Mata-Mouros sobre o nosso PR (de quem eu falei há pouco tempo, sem que alguém me tenha ligado).
O PR disse: «No exercício das suas funções, o Presidente da República está na posição singular de ter direito a toda a informação necessária e legítima, e de nessa posição se relacionar com todos os órgãos do Estado e seus titulares.» Eu também não percebi em que é que se fundamenta esse direito, relativamente a processos que se encontrem em segredo de justiça.
E agora pergunto: afinal não existe separação de poderes? Ou há quem esteja acima de tal princípio? O PR? Nesse caso, é legítimo deixar que o PR tenha interesses na área da justiça? É ele que decide o que entende por "fins menos legítimos" para utilizar a tal informação privilegiada? Os advogados do seu escritório poderão estar a beneficiar com esta especial prerrogativa do PR? Não digo, nem sequer insinuo, que isso alguma vez tenha acontecido, mas quando nos lembramos do caso Bayer...
quarta-feira, outubro 22, 2003
Notícia de última hora, avançada pelo Crítico:
António Guterres compra o Instituto Superior Técnico e decide entrevistar o site do mesmo Instituto. Ficamos apenas sem saber como é que se entrevista um site... terá sido o webmaster a fornecer as respostas? Ou um qualquer mecanismo automático, gerador de palavras por ordem aleatória? Ai, este IST... sempre na vanguarda!
António Guterres compra o Instituto Superior Técnico e decide entrevistar o site do mesmo Instituto. Ficamos apenas sem saber como é que se entrevista um site... terá sido o webmaster a fornecer as respostas? Ou um qualquer mecanismo automático, gerador de palavras por ordem aleatória? Ai, este IST... sempre na vanguarda!
terça-feira, outubro 21, 2003
Ligações Perigosas
O nosso PR é sócio de um escritório de Advogados (Jardim, Sampaio, Caldas & Associados).
O escritório de Advogados do nosso PR trabalha para a Bayer.
A Bayer foi acusada do crime de corrupção activa.
Em seguida, foi aprovada uma lei que amnistia esse ilícito criminal.
A tal lei foi proposta e promulgada pelo nosso PR.
O desgraçado do Pequito denunciou, perdeu o emprego, teve a sua vida ameaçada... e como se não lhe bastasse, as notícias publicadas sobre este assunto contêm um erro ortográfico! E mais, como uma desgraça nunca vem só, a SIC Online, a TSF online e sabe-se lá quantos mais copiaram uns pelos outros e ninguém o corrigiu! Ou então é mesmo assim, e Alfredo Pequito vai "contextar" em tribunal a rescisão do contrato que tinha com a Bayer.
O nosso PR é sócio de um escritório de Advogados (Jardim, Sampaio, Caldas & Associados).
O escritório de Advogados do nosso PR trabalha para a Bayer.
A Bayer foi acusada do crime de corrupção activa.
Em seguida, foi aprovada uma lei que amnistia esse ilícito criminal.
A tal lei foi proposta e promulgada pelo nosso PR.
O desgraçado do Pequito denunciou, perdeu o emprego, teve a sua vida ameaçada... e como se não lhe bastasse, as notícias publicadas sobre este assunto contêm um erro ortográfico! E mais, como uma desgraça nunca vem só, a SIC Online, a TSF online e sabe-se lá quantos mais copiaram uns pelos outros e ninguém o corrigiu! Ou então é mesmo assim, e Alfredo Pequito vai "contextar" em tribunal a rescisão do contrato que tinha com a Bayer.
Palavrasss picantesss...
Na passada Sexta-Feira foi publicado, no Diário da República, o Acórdão n.º 5/2003 do Supremo Tribunal de Justiça, com o seguinte sumário:
"Para o preenchimento valorativo do conceito de acto análogo à cópula a que se refere o artigo 201.º, n.º 2, do Código Penal de 1982, versão originária, é indeferente (sic) que tenha havido ou não emissio seminis."
Calculo que uma das medidas a tomar na já falada reforma das leis penais seja a de passar a referir, em latim, todas as palavras com conteúdo "picante"...
Pode ser que os criminosos se assustem com o palavrão que designa o crime que vão praticar... e desistam!
Na passada Sexta-Feira foi publicado, no Diário da República, o Acórdão n.º 5/2003 do Supremo Tribunal de Justiça, com o seguinte sumário:
"Para o preenchimento valorativo do conceito de acto análogo à cópula a que se refere o artigo 201.º, n.º 2, do Código Penal de 1982, versão originária, é indeferente (sic) que tenha havido ou não emissio seminis."
Calculo que uma das medidas a tomar na já falada reforma das leis penais seja a de passar a referir, em latim, todas as palavras com conteúdo "picante"...
Pode ser que os criminosos se assustem com o palavrão que designa o crime que vão praticar... e desistam!
segunda-feira, outubro 20, 2003
Escutas e variações
Realmente parece que as noções de democracia, honestidade e liberdade de expressão variam muito de cidadão para cidadão. Variam com a cor da camisola. Variam com os interesses. Variam com a capacidade de materializar conceitos. Eu confesso que acho graça. Suponho que nenhum dos dois senhores que falaram acima de mim no comentário a este post do Daniel acerca da bomba Estou-me a cagar para o segredo de justiça alguma vez tenha feito em privado um desabafo sem reais consequências. São perfeitos no seu autocontrolo, portanto. Os meus parabéns.
Não tenciono defender Ferro Rodrigues. Nem sequer tenciono votar PS, quando for caso disso. Mas é-me absolutamente indiferente que o que ele disse seja a expressão do que pensa ou, pelo contrário, um compreensível desabafo. Disse-o em privado. Ninguém, para além dos agentes envolvidos nas investigações, deveria ter ouvido a conversa, irremediavelmente descontextualizada e eternamente votada à dúvida e ao seu benefício. E afinal, para quê tanto barulho? Parece que neste país há muito mais gente e bem mais relevante para o assunto que se está a cagar para o segredo de justiça. Aqueles que nos fazem chegar aos ouvidos conversas privadas que nunca deveriam deixar o círculo da investigação, por exemplo.
E considerando que se critica o PS pela tese da cabala, desculpem lá, mas os argumentos para isso não param de chover.
Realmente parece que as noções de democracia, honestidade e liberdade de expressão variam muito de cidadão para cidadão. Variam com a cor da camisola. Variam com os interesses. Variam com a capacidade de materializar conceitos. Eu confesso que acho graça. Suponho que nenhum dos dois senhores que falaram acima de mim no comentário a este post do Daniel acerca da bomba Estou-me a cagar para o segredo de justiça alguma vez tenha feito em privado um desabafo sem reais consequências. São perfeitos no seu autocontrolo, portanto. Os meus parabéns.
Não tenciono defender Ferro Rodrigues. Nem sequer tenciono votar PS, quando for caso disso. Mas é-me absolutamente indiferente que o que ele disse seja a expressão do que pensa ou, pelo contrário, um compreensível desabafo. Disse-o em privado. Ninguém, para além dos agentes envolvidos nas investigações, deveria ter ouvido a conversa, irremediavelmente descontextualizada e eternamente votada à dúvida e ao seu benefício. E afinal, para quê tanto barulho? Parece que neste país há muito mais gente e bem mais relevante para o assunto que se está a cagar para o segredo de justiça. Aqueles que nos fazem chegar aos ouvidos conversas privadas que nunca deveriam deixar o círculo da investigação, por exemplo.
E considerando que se critica o PS pela tese da cabala, desculpem lá, mas os argumentos para isso não param de chover.
Ó Costa, não me chateies, que eu estou a ver um filme,
terá dito Ferro Rodrigues a António Costa, quando este lhe telefonou, preocupadíssimo com o "desbocanço" inqualificável de Ana Gomes (ou com o "desbocanço" da inqualificável Ana Gomes, tanto faz).
De acordo com o DN de Sexta-Feira, António Costa (inconsolável) terá relatado o episódio a alguns dos seus vice-presidentes, que foram imediatamente fazer queixinhas aos jornalistas.
Este episódio era digno de ter sido protagonizado pela porteira do meu prédio. Mas não. Coube ao Secretário-Geral do Partido Socialista tamanha proeza.
Ó Ferro, francamente! É assim que queres chegar a líder da Nação? Então vê lá se, para a próxima, dizes ao Costa:
"não me chateies, que eu 'tou a ver a bola!".
Aí sim, terás o respeito do povo português!
terá dito Ferro Rodrigues a António Costa, quando este lhe telefonou, preocupadíssimo com o "desbocanço" inqualificável de Ana Gomes (ou com o "desbocanço" da inqualificável Ana Gomes, tanto faz).
De acordo com o DN de Sexta-Feira, António Costa (inconsolável) terá relatado o episódio a alguns dos seus vice-presidentes, que foram imediatamente fazer queixinhas aos jornalistas.
Este episódio era digno de ter sido protagonizado pela porteira do meu prédio. Mas não. Coube ao Secretário-Geral do Partido Socialista tamanha proeza.
Ó Ferro, francamente! É assim que queres chegar a líder da Nação? Então vê lá se, para a próxima, dizes ao Costa:
"não me chateies, que eu 'tou a ver a bola!".
Aí sim, terás o respeito do povo português!
Crítica musical (da boa)
O Crítico não tem assinatura para a Gulbenkian, isso já nós percebemos. Até hoje ainda não falou de nenhum dos concertos que por lá passaram desde que se iniciou a temporada, há já duas semanas.
Pois bem, para colmatar essa imperdoável lacuna, e uma vez que as Trutas são super-culturais e não perdem esses eventos, fica aqui a nossa crítica aos aspectos realmente interessantes do concerto de Quinta-Feira, dia 16 (que repetiu na Sexta, dia 17).
O programa intitulava-se "A Rússia Desconhecida", interpretou-se Tchaikovsky (Suite n.º1 em Ré maior, Op.43) e Taneyev (Cantata, Após a leitura de um salmo, Op.3). Esta última obra foi como a espada de D. Afonso Henriques: chata e comprida. A orquestra esteve benzinho, embora fosse de toda a utilidade inscrever alguns dos seus elementos numa workshop subordinada ao tema "aprenda a afinar o seu próprio instrumento" (por muito mal que isso possa soar). O Coro portou-se bem, dentro do possível (a obra era mesmo chatinha). O maestro, Mikhail Pletnev ia penteadinho, bem vestido, abanou os braços ao som da música - que bem dançam estes russos... gostei de ver! - mas a minha atenção foi toda para os solistas! Lolita Semenina ia fantástica, num vestido vermelho e roxo, com um penteado do mais moderno que há! Os segundos violinos é que protestaram um bocado (disseram que não conseguiam ver o maestro, por causa da parede de cabelo, mas eu acho que foi só inveja...). Parece que Irina Doljenko e Andrei Baturkin não cantaram muito mal, mas não sei o que me deu, cada vez que estes solistas cantavam, eu adormecia instantaneamente. Deve ter sido do entusiasmo com que cantaram. Mas a grande revelação foi mesmo Michail Gubsky, o tenor. Com um penteado que rivalizava com o de Lolita em quantidade de laca por centímetro quadrado e umas patilhas que fariam Elvis corar de inveja, Michail apresentou uma novíssima técnica de canto que consistia em emitir, pelo nariz, uma série de estranhos sons antes de cantar o que lhe competia. Há-de ser a grande moda na próxima temporada (se conseguir resistir a esta)...
Se Michail com su nova técnica não triunfar, resta-lhe retomar o negociozito de marquises que (de certeza) tem, para os lados da Brandoa.
O Crítico não tem assinatura para a Gulbenkian, isso já nós percebemos. Até hoje ainda não falou de nenhum dos concertos que por lá passaram desde que se iniciou a temporada, há já duas semanas.
Pois bem, para colmatar essa imperdoável lacuna, e uma vez que as Trutas são super-culturais e não perdem esses eventos, fica aqui a nossa crítica aos aspectos realmente interessantes do concerto de Quinta-Feira, dia 16 (que repetiu na Sexta, dia 17).
O programa intitulava-se "A Rússia Desconhecida", interpretou-se Tchaikovsky (Suite n.º1 em Ré maior, Op.43) e Taneyev (Cantata, Após a leitura de um salmo, Op.3). Esta última obra foi como a espada de D. Afonso Henriques: chata e comprida. A orquestra esteve benzinho, embora fosse de toda a utilidade inscrever alguns dos seus elementos numa workshop subordinada ao tema "aprenda a afinar o seu próprio instrumento" (por muito mal que isso possa soar). O Coro portou-se bem, dentro do possível (a obra era mesmo chatinha). O maestro, Mikhail Pletnev ia penteadinho, bem vestido, abanou os braços ao som da música - que bem dançam estes russos... gostei de ver! - mas a minha atenção foi toda para os solistas! Lolita Semenina ia fantástica, num vestido vermelho e roxo, com um penteado do mais moderno que há! Os segundos violinos é que protestaram um bocado (disseram que não conseguiam ver o maestro, por causa da parede de cabelo, mas eu acho que foi só inveja...). Parece que Irina Doljenko e Andrei Baturkin não cantaram muito mal, mas não sei o que me deu, cada vez que estes solistas cantavam, eu adormecia instantaneamente. Deve ter sido do entusiasmo com que cantaram. Mas a grande revelação foi mesmo Michail Gubsky, o tenor. Com um penteado que rivalizava com o de Lolita em quantidade de laca por centímetro quadrado e umas patilhas que fariam Elvis corar de inveja, Michail apresentou uma novíssima técnica de canto que consistia em emitir, pelo nariz, uma série de estranhos sons antes de cantar o que lhe competia. Há-de ser a grande moda na próxima temporada (se conseguir resistir a esta)...
Se Michail com su nova técnica não triunfar, resta-lhe retomar o negociozito de marquises que (de certeza) tem, para os lados da Brandoa.
quinta-feira, outubro 16, 2003
Presunção de inocência
A um advogado: “Ajude-me... O meu marido está preso, eu não consigo falar com ele, não consigo perceber o que se passa. A minha filha, de dezasseis anos, contou-me que ele abusou dela. Ela é um bocadinho atrasada, sabe? Não é filha dele, é do meu primeiro casamento... Mas entretanto engravidou. Ele recusa-se a fazer o teste de paternidade, mas diz que não teve nada a ver com isso, que nunca lhe tocou. E agora foi preso... E não tem quem o ajude! Eu não quero acreditar que foi ele, mas a minha filha diz que foi... Enquanto eu não perceber o que se passa, peço que o ajudem. Que eu ajudo a minha filha...”
Dedicado aos "heróis".
A um advogado: “Ajude-me... O meu marido está preso, eu não consigo falar com ele, não consigo perceber o que se passa. A minha filha, de dezasseis anos, contou-me que ele abusou dela. Ela é um bocadinho atrasada, sabe? Não é filha dele, é do meu primeiro casamento... Mas entretanto engravidou. Ele recusa-se a fazer o teste de paternidade, mas diz que não teve nada a ver com isso, que nunca lhe tocou. E agora foi preso... E não tem quem o ajude! Eu não quero acreditar que foi ele, mas a minha filha diz que foi... Enquanto eu não perceber o que se passa, peço que o ajudem. Que eu ajudo a minha filha...”
Dedicado aos "heróis".
Olha, olha!...
Por unanimidade: Relação confirma prisão preventiva de Jorge Ritto.
Estão é todos mortinhos por cuscar os "Diários Íntimos"...
Por unanimidade: Relação confirma prisão preventiva de Jorge Ritto.
Estão é todos mortinhos por cuscar os "Diários Íntimos"...
quarta-feira, outubro 15, 2003
Os Convencidos da Vida ou A Geração de Fins de 80 Princípios de 90...
Certo dia, por eu ter votado CDU nas eleições à data mais recentes, perguntaram-me se eu ainda acreditava no Pai Natal. Respondi que nunca acreditara - os meus pais sempre chegaram a casa com os presentes debaixo do braço, às vezes até por embrulhar, às vezes até escolhidos por nós - e isso nunca me chateou nada. Talvez por isso não identificasse o senhor da Coca-Cola (que deve ser amigo do senhor do bolo) na minha escolha política.
Mas nesse dia compreendi, enternecido, este fenómeno. A pessoa em questão pouco se questionara acerca da proveniência dos presentes debaixo da sua árvore e nunca foi capaz de perdoar o Pai Natal por tê-la deixado tão desamparada. Como o Pai Natal não existe, goza-se com os que nunca se convenceram de que as ideologias de esquerda e progresso social eram bíblias reveladas.
Na minha consciência os princípios mantêm-se intactos. E é por eles que me mexo.
Certo dia, por eu ter votado CDU nas eleições à data mais recentes, perguntaram-me se eu ainda acreditava no Pai Natal. Respondi que nunca acreditara - os meus pais sempre chegaram a casa com os presentes debaixo do braço, às vezes até por embrulhar, às vezes até escolhidos por nós - e isso nunca me chateou nada. Talvez por isso não identificasse o senhor da Coca-Cola (que deve ser amigo do senhor do bolo) na minha escolha política.
Mas nesse dia compreendi, enternecido, este fenómeno. A pessoa em questão pouco se questionara acerca da proveniência dos presentes debaixo da sua árvore e nunca foi capaz de perdoar o Pai Natal por tê-la deixado tão desamparada. Como o Pai Natal não existe, goza-se com os que nunca se convenceram de que as ideologias de esquerda e progresso social eram bíblias reveladas.
Na minha consciência os princípios mantêm-se intactos. E é por eles que me mexo.
Eu cá gosto do gajo!
Discordo do Crítico (não digo de Bach porque é a primeira vez que lhe vejo atribuída a tal citação, e eu desconfio sempre de afirmações sem menção da respectiva fonte)... Se o músico for realmente bom e conseguir formar o público, há-de haver uma altura em que se torna popular, ou não? Ou o músico tem de andar sempre à frente dos gostos do público? E isso não constitui uma dependência ainda mais disparatada em relação ao tal público?
Embirro um bocadinho com a Bartoli, mas reconheço que se trata de uma cantora extraordinária. E o Nigel Kennedy é um excelente violinista! Recuso-me a comprar o seu “Greatest Hits”, simplesmente porque não gosto de discos com retalhos (e a selecção do que é “greatest” é sempre mais que duvidosa), mas adoro as interpretações que faz de Brahms e de Sibelius. O lencinho na cabeça, à Axl Rose, o porte hooligan e o visual “radical” dizem-me tanto como o fatinho que os outros usam. O tipo é um violinista a sério, que por acaso também gosta de estar giro em palco e nas capas dos discos. São gostos. E isso não muda o que oiço.
É tão redutor consumir apenas produtos pouco conhecidos como ouvir só o que é “popular”.
Discordo do Crítico (não digo de Bach porque é a primeira vez que lhe vejo atribuída a tal citação, e eu desconfio sempre de afirmações sem menção da respectiva fonte)... Se o músico for realmente bom e conseguir formar o público, há-de haver uma altura em que se torna popular, ou não? Ou o músico tem de andar sempre à frente dos gostos do público? E isso não constitui uma dependência ainda mais disparatada em relação ao tal público?
Embirro um bocadinho com a Bartoli, mas reconheço que se trata de uma cantora extraordinária. E o Nigel Kennedy é um excelente violinista! Recuso-me a comprar o seu “Greatest Hits”, simplesmente porque não gosto de discos com retalhos (e a selecção do que é “greatest” é sempre mais que duvidosa), mas adoro as interpretações que faz de Brahms e de Sibelius. O lencinho na cabeça, à Axl Rose, o porte hooligan e o visual “radical” dizem-me tanto como o fatinho que os outros usam. O tipo é um violinista a sério, que por acaso também gosta de estar giro em palco e nas capas dos discos. São gostos. E isso não muda o que oiço.
É tão redutor consumir apenas produtos pouco conhecidos como ouvir só o que é “popular”.
terça-feira, outubro 14, 2003
Querido diário...
Os advogados de Jorge Ritto recorreram, para o Tribunal Constitucional, da decisão de o manterem em prisão preventiva. Entre outros (brilhantes) argumentos, colocam em causa a validade, como meio de prova, dos diários íntimos de Ritto, apreendidos pela Polícia Judiciária na casa deste, em Cascais. Alegam que a utilização dos diários é violadora do “núcleo infrangível da dignidade da pessoa humana”, base da Constituição Portuguesa.
Estes Tribunais andam mesmo impossíveis! Que falta de respeito pela privacidade dos arguidos! Qualquer dia começam a chamar testemunhas para depor contra o senhor embaixador! Onde é que já se viu?...
Ah, e a decisão de manter o arguido em prisão preventiva, de que agora se recorre, foi tomada por aqueles imbecilóides do TRL!
Os advogados de Jorge Ritto recorreram, para o Tribunal Constitucional, da decisão de o manterem em prisão preventiva. Entre outros (brilhantes) argumentos, colocam em causa a validade, como meio de prova, dos diários íntimos de Ritto, apreendidos pela Polícia Judiciária na casa deste, em Cascais. Alegam que a utilização dos diários é violadora do “núcleo infrangível da dignidade da pessoa humana”, base da Constituição Portuguesa.
Estes Tribunais andam mesmo impossíveis! Que falta de respeito pela privacidade dos arguidos! Qualquer dia começam a chamar testemunhas para depor contra o senhor embaixador! Onde é que já se viu?...
Ah, e a decisão de manter o arguido em prisão preventiva, de que agora se recorre, foi tomada por aqueles imbecilóides do TRL!
segunda-feira, outubro 13, 2003
Provocaçãozita do dia
Paulo Querido anuncia-nos (até à exaustão) o "maior acontecimento físico da blogosfera portuguesa". É só o lançamento de um livro escrito por ele, não se entusiasmem demasiado.
À cautela, não tenciono passar pelo Mercado da Ribeira no dia 15 (vá, toma lá a publicidade, para não parecer que estou só a embirrar), não vá aquilo estar a abarrotar, com a multidão em êxtase, à espera de levar com o livro na tola, aquando do lançamento (qual bouquet da noiva... que imagem linda!), e eu não gosto nada de multidões.
Esperemos é que alguém lhe tenha revisto os textos, que o rapaz é um pouco dado a trocar os sinais de pontuação (ou então ficamos a saber que, para conversar com o autor, é necessário pagar-lhe).
Deixo-vos com os Curricula Vitae dos autores do livro, fornecidos pelos próprios.
Paulo Querido é um reputado jornalista (presunção e água benta...) do Expresso, responsável pela maior comunidade de Blogs em Portugal (a única!!) e autor do livro Homo-Conexus editado pelo Centro Atlântico.
Luís Ene, é licenciado em Direito (não se separa o sujeito do predicado com vírgula, senhores escritores!), autor de diversos Blogs (muito conhecidos) (Ah! Esses?! A sério? É ele?!) e autor do livro "A Justa Medida" que foi o vencedor da primeira edição do Prémio Novos Talentos.
Paulo Querido anuncia-nos (até à exaustão) o "maior acontecimento físico da blogosfera portuguesa". É só o lançamento de um livro escrito por ele, não se entusiasmem demasiado.
À cautela, não tenciono passar pelo Mercado da Ribeira no dia 15 (vá, toma lá a publicidade, para não parecer que estou só a embirrar), não vá aquilo estar a abarrotar, com a multidão em êxtase, à espera de levar com o livro na tola, aquando do lançamento (qual bouquet da noiva... que imagem linda!), e eu não gosto nada de multidões.
Esperemos é que alguém lhe tenha revisto os textos, que o rapaz é um pouco dado a trocar os sinais de pontuação (ou então ficamos a saber que, para conversar com o autor, é necessário pagar-lhe).
Deixo-vos com os Curricula Vitae dos autores do livro, fornecidos pelos próprios.
Paulo Querido é um reputado jornalista (presunção e água benta...) do Expresso, responsável pela maior comunidade de Blogs em Portugal (a única!!) e autor do livro Homo-Conexus editado pelo Centro Atlântico.
Luís Ene, é licenciado em Direito (não se separa o sujeito do predicado com vírgula, senhores escritores!), autor de diversos Blogs (muito conhecidos) (Ah! Esses?! A sério? É ele?!) e autor do livro "A Justa Medida" que foi o vencedor da primeira edição do Prémio Novos Talentos.
(Emocionado) agradecimento
Por nos terem incluído na sua listinha de blogues, pelas palavras amigas, por terem respondido aos nossos insistentes e-mails (por vezes com um carinhoso embora lacónico “unsubscribe-me from your mailing list” – é tão emocionante saber que os nossos ídolos falam tão bem estrangeiro), pelas simpáticas referências que fizeram ao que por cá escrevemos, as Trutas agradecem:
Ao Crítico (que escreveu o que eu sempre pensei acerca do Coro do S. Carlos, mas tinha medo de dizer), à Assembleia, à Quarta Vaga, à Vitamina C, ao Carimbo, à Formiga-de-Langton, que gentilmente nos atribuiu o prémio “melhor no feminino” (que muito bem nos soube!), à Origem do Amor, ao Gin Tónico, ao misterio, à Dra. Amélia, ao Mar Salgado, ao Senhor Carne, ao maradona (o que é que lhe aconteceu?!), à Malta da Rua, à Bomba (desculpa lá aquilo do prémio “melhor no feminino”... não fomos nós! Sabes como são as formigas...), ao Aviz (o FJV leu o que escrevemos! Que emoção! Que vontade de contar toda a gente, não fosse este um blog anónimo! Que belo motivo para ir beber copos!!), aos Marretas (mais copos! Mais farra! Aqueles gajos fixes incluíram-nos na lista da “malta fixe”! Terá sido por causa da proposta indecorosa que eu fiz ao Statler? ‘Pera lá... estamos mesmo por baixo do Abrupto... o que é que isso quererá dizer?) e, finalmente, ao Abaixo de Cão, pela fidelidade, pelo carinho, pela pachorra de comentar todos os postes das Trutas.
Por nos terem incluído na sua listinha de blogues, pelas palavras amigas, por terem respondido aos nossos insistentes e-mails (por vezes com um carinhoso embora lacónico “unsubscribe-me from your mailing list” – é tão emocionante saber que os nossos ídolos falam tão bem estrangeiro), pelas simpáticas referências que fizeram ao que por cá escrevemos, as Trutas agradecem:
Ao Crítico (que escreveu o que eu sempre pensei acerca do Coro do S. Carlos, mas tinha medo de dizer), à Assembleia, à Quarta Vaga, à Vitamina C, ao Carimbo, à Formiga-de-Langton, que gentilmente nos atribuiu o prémio “melhor no feminino” (que muito bem nos soube!), à Origem do Amor, ao Gin Tónico, ao misterio, à Dra. Amélia, ao Mar Salgado, ao Senhor Carne, ao maradona (o que é que lhe aconteceu?!), à Malta da Rua, à Bomba (desculpa lá aquilo do prémio “melhor no feminino”... não fomos nós! Sabes como são as formigas...), ao Aviz (o FJV leu o que escrevemos! Que emoção! Que vontade de contar toda a gente, não fosse este um blog anónimo! Que belo motivo para ir beber copos!!), aos Marretas (mais copos! Mais farra! Aqueles gajos fixes incluíram-nos na lista da “malta fixe”! Terá sido por causa da proposta indecorosa que eu fiz ao Statler? ‘Pera lá... estamos mesmo por baixo do Abrupto... o que é que isso quererá dizer?) e, finalmente, ao Abaixo de Cão, pela fidelidade, pelo carinho, pela pachorra de comentar todos os postes das Trutas.
domingo, outubro 12, 2003
A salvação da pátria está nas Portas...
...de saída! Ou com o Portas podes ajudar a construir o novo Estado Novo!
Ouvi esta notícia ontem, também na SICNotícias, mas nem quis escrever nada... convenci-me de que estava com alucinações auditivas, "sou eu que já só vejo fascistas onde só há perfeitos idiotas", pensei. Mas não. Era verdade. É VERDADE! Isto está mesmo a acontecer!
Sem mais comentários, esta desova é dedicada aos meus amigos que há ano e meio achavam que eu estava a exagerar quando via neste governo o germe de um recuo muito perigoso. Meus queridos - e sim, Zé Pedro, esta é especial para ti, se passares por cá - I rest my case. Daqui para a frente não tento convencer mais ninguém. Os verdadeiros objectivos desta governação estão cada vez mais à vista de toda a gente. Só resta lutar.
P.S.
E os objectores de consciência, também serão obrigados a comparecer? Ou terão de pagar a multa?
...de saída! Ou com o Portas podes ajudar a construir o novo Estado Novo!
Ouvi esta notícia ontem, também na SICNotícias, mas nem quis escrever nada... convenci-me de que estava com alucinações auditivas, "sou eu que já só vejo fascistas onde só há perfeitos idiotas", pensei. Mas não. Era verdade. É VERDADE! Isto está mesmo a acontecer!
Sem mais comentários, esta desova é dedicada aos meus amigos que há ano e meio achavam que eu estava a exagerar quando via neste governo o germe de um recuo muito perigoso. Meus queridos - e sim, Zé Pedro, esta é especial para ti, se passares por cá - I rest my case. Daqui para a frente não tento convencer mais ninguém. Os verdadeiros objectivos desta governação estão cada vez mais à vista de toda a gente. Só resta lutar.
P.S.
E os objectores de consciência, também serão obrigados a comparecer? Ou terão de pagar a multa?
Onda de Parvoíce esbarra no dique de Aviz...
ou
Do Canal 18 ao Terço Vivo
...ou cá está! Substituamos mas é a Constituição pelo regulamento do Big Brother. Barnabé, Barnabé, o Orwell já está tão atrasado, não podemos deixá-lo ficar mal!
Ai Portugal Portugal
de que é que tu estás à espera
tens um pé numa galera
e outro no fundo do mar
enquanto ficares à espera
ninguém te pode ajudar
ou
Do Canal 18 ao Terço Vivo
...ou cá está! Substituamos mas é a Constituição pelo regulamento do Big Brother. Barnabé, Barnabé, o Orwell já está tão atrasado, não podemos deixá-lo ficar mal!
Ai Portugal Portugal
de que é que tu estás à espera
tens um pé numa galera
e outro no fundo do mar
enquanto ficares à espera
ninguém te pode ajudar
sábado, outubro 11, 2003
E a propósito, este debatezinho no The Amazing Trout Club nem seis meses tem... porque será que ainda me espanto?
"Estudo do Meio do João" - ajudem-me lá...
Autor: Truta Vermelha
Data: 20/5/2003
Hora: 12:36
Ajudem-me lá, que eu, assim de repente, não sei: é para rir ou para chorar? Ou as duas coisas ao mesmo tempo? Ou uma primeiro e outra depois? E por que ordem?
Não faltava mais nada... já nem nos manuais escolares se pode confiar! Mas, também, não é novidade que os professores, a maior parte das vezes, são piores que os alunos.
E como são eles que fazem os manuais...
A propósito de manuais: mas que raio de nome é este? "Estudo do Meio do João"?!! Get outa here!
Erros em manual do 1º ciclo evidenciam falta de fiscalização
PUBLICO.PT (20 de Maio de 2003)
O manual escolar "Estudo do Meio do João", que está nas mãos de cerca de 18 mil alunos do 4º ano do 1º ciclo do ensino básico, contém inúmeros erros. Portugal passa a contar, segundo o livro escolar, com 22 distritos e o Estado Novo prevaleceu até à década de 1980, tendo incluído o 25 de Abril, entre muitas outras imprecisões.
A notícia, avançada hoje pelo "Diário de Notícias", dá conta de uma série de erros que estão a ser ensinados aos jovens alunos e parece fazer eco dos protestos de pais e professores sobre a alegada incapacidade do Ministério da Educação para avaliar os livros escolares no mercado e escolher os mais acertados.
O "Estudo do Meio do João" é da responsabilidade da editora Gailivro, que assume os erros e que garante tê-los detectado no final de Outubro do ano passado, ou seja, já com as aulas do ano lectivo 2002/2003 em curso. Os erros dever-se-ão, de acordo com a Gailivro, a uma falha de uma funcionária, que não gravou as alterações ao texto antes de este ser enviado para impressão.
Assim, os erros foram detectados e comunicados à tutela, mas ainda assim a editora, que já tinha por si encontrado os problemas, diz só ter recebido uma notificação do Ministério em Fevereiro deste ano. O caso evidencia também que os professores encarregues da escolha do manual aprovaram a versão com erros.
Os erros passam pela História, Política e Geografia. Portugal tem, de acordo com o manual, 22 distritos, ao invés dos 18 reais. O país já teve, de facto, 22 distritos, mas desapareceram em 1974. Este ano não é, aliás, feliz no "Estudo do Meio do João", incluído no Estado Novo, período que se estende até à década de 80 e em que pouco se menciona o nome de Salazar.
O período de ditadura é alvo de outra incorrecção quando se referem os órgãos de soberania da máquina do Estado Novo: o Presidente da República é substituído pelo chefe de Estado e a Assembleia Nacional pela Assembleia Geral.
A nomenclatura não é, de facto, o forte dos autores do livro escolar, que garante que D. António (membro da segunda dinastia portuguesa) é filho de D. Luís e do cardeal D. Henrique. A Geografia contribui também para a catadupa de imprecisões, quando no manual são subtraídas quatro ilhas a Cabo Verde e São Tomé é presenteado com mais uma ilha.
Manel da Truta
Data: 20/5/2003
Hora: 19:38
Olha, eu nem sei que te diga. Só me apetece dizer palavrões:
SE ESTES CABRÕES FILHOS DA PUTA QUE SE ESTÃO A CAGAR PARA TUDO E QUE FAZEM POR FAZER PORQUE O QUE É PRECISO É GANHAR O SEU FOSSEM TODOS PARA O CARALHO O MUNDO FICAVA MAIS LEVE!
E SE COM ELES LEVASSEM OS CABRÕES DOS CORNOS QUE NOS GOVERNAM E QUE ACHAM QUE CORAGEM E PROGRESSO É BAIXAR SALÁRIOS, CORTAR DIREITOS, MANDAR TRABALHADORES PARA A RUA E MATAR UM PAÍS À NASCENÇA COM UMA EDUCAÇÃO CADA VEZ MAIS DEGRADADA E DEGRADANTE, O PAÍS FICARIA AINDA MAIS LEVE.
PODIA SER QUE VOASSE...
Autor: Truta Vermelha
Data: 20/5/2003
Hora: 19:46
Eh, lá! Até me assustei com os teus gritos! E tens toda a razão, caralho!
Autor: Truta Azul
Data: 21/5/2003
Hora: 1:54
Foda-se... Subscrevo...
Truta Azul
Data: 21/5/2003
Hora: 2:05
Ai... Qu'isto até parece a História de Portugal em disparates! Podiam chamar-lhe a "Estória de Portugal" (Lol!!!)!
O meio do João não deve ser lá muito famoso para os homens terem filhos entre eles (e dum cardeal e tudo, valha-me Deus, qu'isto é heresia!) e o 25 de Abril ter sido um "acidente" dentro do Estado Novo...
Olha, é para se ver o que realmente faz essa gente que aprova versões com erros! NADA!!! Devem coçar a barriga, atiram os manuais ao ar e os que caírem em cima da cama são aprovados! É mais ou menos o mesmo sistema que devem usar para corrigir os testes dos alunos... Mas os que têm positiva devem ficar pendurados no candeeiro... É a educação a funcionar em todo o seu esplendor...
É que agora já nem são subtis na lavagem cerebral! Já não nos bastava os Big Brother da televisão, mais a merda dos reality shows e o car...lho daquelas notícias da TVI, os gajos já se atacaram aos manuais escolares! Quanto mais tenrinhos, melhores! Ainda por cima foram estúpidos, porque se denunciaram! Agora toda a gente sabe que faz tudo parte de um plano estratégico de formação de massa acrítica! Nem era preciso terem tanto trabalho, era só deixar andar...
Autor: Truta Laranja
Data: 21/5/2003
Hora: 10:50
Se os critérios para a escolha dos manuais escolares fossem assim tão arbitrários como atirá-los ao ar, já seria grave, mas ainda por cima sabemos que a escolha de um manual e o preterimento de outro se guia, de certeza, por interesses económicos, ou porque aquele é amigo do outro que também é amigo de não sei quem pretensamente importante...
E aquelas declarações... eu quero lá saber se foi uma funcionária que errou. Não foi a funcionária, foi a editora! Que raio de responsabilidade têm eles, que deixam tudo nas mãos da pobre funcionária? Pior... não lhes bastava atribuir culpas a um subordinado qualquer (o que já é feio!), mas tinham de ser específicos. Ao dizer "funcionária" em vez do genérico "funcionário", estão a dar a entender que já detectaram "a falha" e que já lhe aplicaram a sanção adequada.
Inacreditável.
Autor: Truta Laranja
Data: 21/5/2003
Hora: 11:32
Mais grave do que os erros nos tais manuais são estas mentalidadezinhas de merda...
Reparem nos comentários que esta notícia já mereceu:
Críticas tardias
Acho que deviam estar a analisar os livros que vão ser adquiridos no próximo ano lectivo e não este que pertence ao ano lectivo que está quase a terminar.
Ricardo Pereira (Lisboa)
Notícia sensacionalista
Acho engraçado que estas notícias sejam dadas precisamente no período de escolha dos manuais para o próximo ano lectivo e que apenas se refira uma editora. Todas os manuais têm gralhas e eu como professora podia indicar um role de erros dos vários manuais que conheço.
Agora digo eu: gralhas?? Isto são gralhas? Pode indicar uma lista de erros? Então indique!! Mas não, também deve preferir esta merda de livro porque deve ter mais bonecos do que os outros, e assim também se torna mais fácil para os professores acompanhar as aulas que dão!...
E para os fascistas do público:
os comentários destes paneleiros sabem eles pôr no site!! Os meus, que além de elevada qualidade intelectual e linguística denotam uma inteligência acima da média, censuram eles!!!!
Autor: Manel da Truta
Data: 21/5/2003
Hora: 18:56
Isso de porem as culpas num anónimo funcionário aprenderam com os fascistas do Público: há mais ou menos dois anos mandei um e-mail a reclamar sobre as datas referidas numa coluna sobre o Alberto Korda - a Joana Gorjão Henriques disse só que já no tempo da ditadura de Baptista lhe tinham tentado comprar a famosa foto do Che que só foi tirada depois da revolução, é boa, não é? - e a dita senhora respondeu-me pessoalmente a dizer que a culpa não era dela, era do editor... Para o meu e-mail, estás a ver? O pobre do editor nem sabe do que foi acusado! Ainda por cima os editores costumam cortar, não acrescentar, uma informação indevida num artigo que já era todo ele uma desgraça.
Enfim, deve ser uma escola...
"Estudo do Meio do João" - ajudem-me lá...
Autor: Truta Vermelha
Data: 20/5/2003
Hora: 12:36
Ajudem-me lá, que eu, assim de repente, não sei: é para rir ou para chorar? Ou as duas coisas ao mesmo tempo? Ou uma primeiro e outra depois? E por que ordem?
Não faltava mais nada... já nem nos manuais escolares se pode confiar! Mas, também, não é novidade que os professores, a maior parte das vezes, são piores que os alunos.
E como são eles que fazem os manuais...
A propósito de manuais: mas que raio de nome é este? "Estudo do Meio do João"?!! Get outa here!
Erros em manual do 1º ciclo evidenciam falta de fiscalização
PUBLICO.PT (20 de Maio de 2003)
O manual escolar "Estudo do Meio do João", que está nas mãos de cerca de 18 mil alunos do 4º ano do 1º ciclo do ensino básico, contém inúmeros erros. Portugal passa a contar, segundo o livro escolar, com 22 distritos e o Estado Novo prevaleceu até à década de 1980, tendo incluído o 25 de Abril, entre muitas outras imprecisões.
A notícia, avançada hoje pelo "Diário de Notícias", dá conta de uma série de erros que estão a ser ensinados aos jovens alunos e parece fazer eco dos protestos de pais e professores sobre a alegada incapacidade do Ministério da Educação para avaliar os livros escolares no mercado e escolher os mais acertados.
O "Estudo do Meio do João" é da responsabilidade da editora Gailivro, que assume os erros e que garante tê-los detectado no final de Outubro do ano passado, ou seja, já com as aulas do ano lectivo 2002/2003 em curso. Os erros dever-se-ão, de acordo com a Gailivro, a uma falha de uma funcionária, que não gravou as alterações ao texto antes de este ser enviado para impressão.
Assim, os erros foram detectados e comunicados à tutela, mas ainda assim a editora, que já tinha por si encontrado os problemas, diz só ter recebido uma notificação do Ministério em Fevereiro deste ano. O caso evidencia também que os professores encarregues da escolha do manual aprovaram a versão com erros.
Os erros passam pela História, Política e Geografia. Portugal tem, de acordo com o manual, 22 distritos, ao invés dos 18 reais. O país já teve, de facto, 22 distritos, mas desapareceram em 1974. Este ano não é, aliás, feliz no "Estudo do Meio do João", incluído no Estado Novo, período que se estende até à década de 80 e em que pouco se menciona o nome de Salazar.
O período de ditadura é alvo de outra incorrecção quando se referem os órgãos de soberania da máquina do Estado Novo: o Presidente da República é substituído pelo chefe de Estado e a Assembleia Nacional pela Assembleia Geral.
A nomenclatura não é, de facto, o forte dos autores do livro escolar, que garante que D. António (membro da segunda dinastia portuguesa) é filho de D. Luís e do cardeal D. Henrique. A Geografia contribui também para a catadupa de imprecisões, quando no manual são subtraídas quatro ilhas a Cabo Verde e São Tomé é presenteado com mais uma ilha.
Manel da Truta
Data: 20/5/2003
Hora: 19:38
Olha, eu nem sei que te diga. Só me apetece dizer palavrões:
SE ESTES CABRÕES FILHOS DA PUTA QUE SE ESTÃO A CAGAR PARA TUDO E QUE FAZEM POR FAZER PORQUE O QUE É PRECISO É GANHAR O SEU FOSSEM TODOS PARA O CARALHO O MUNDO FICAVA MAIS LEVE!
E SE COM ELES LEVASSEM OS CABRÕES DOS CORNOS QUE NOS GOVERNAM E QUE ACHAM QUE CORAGEM E PROGRESSO É BAIXAR SALÁRIOS, CORTAR DIREITOS, MANDAR TRABALHADORES PARA A RUA E MATAR UM PAÍS À NASCENÇA COM UMA EDUCAÇÃO CADA VEZ MAIS DEGRADADA E DEGRADANTE, O PAÍS FICARIA AINDA MAIS LEVE.
PODIA SER QUE VOASSE...
Autor: Truta Vermelha
Data: 20/5/2003
Hora: 19:46
Eh, lá! Até me assustei com os teus gritos! E tens toda a razão, caralho!
Autor: Truta Azul
Data: 21/5/2003
Hora: 1:54
Foda-se... Subscrevo...
Truta Azul
Data: 21/5/2003
Hora: 2:05
Ai... Qu'isto até parece a História de Portugal em disparates! Podiam chamar-lhe a "Estória de Portugal" (Lol!!!)!
O meio do João não deve ser lá muito famoso para os homens terem filhos entre eles (e dum cardeal e tudo, valha-me Deus, qu'isto é heresia!) e o 25 de Abril ter sido um "acidente" dentro do Estado Novo...
Olha, é para se ver o que realmente faz essa gente que aprova versões com erros! NADA!!! Devem coçar a barriga, atiram os manuais ao ar e os que caírem em cima da cama são aprovados! É mais ou menos o mesmo sistema que devem usar para corrigir os testes dos alunos... Mas os que têm positiva devem ficar pendurados no candeeiro... É a educação a funcionar em todo o seu esplendor...
É que agora já nem são subtis na lavagem cerebral! Já não nos bastava os Big Brother da televisão, mais a merda dos reality shows e o car...lho daquelas notícias da TVI, os gajos já se atacaram aos manuais escolares! Quanto mais tenrinhos, melhores! Ainda por cima foram estúpidos, porque se denunciaram! Agora toda a gente sabe que faz tudo parte de um plano estratégico de formação de massa acrítica! Nem era preciso terem tanto trabalho, era só deixar andar...
Autor: Truta Laranja
Data: 21/5/2003
Hora: 10:50
Se os critérios para a escolha dos manuais escolares fossem assim tão arbitrários como atirá-los ao ar, já seria grave, mas ainda por cima sabemos que a escolha de um manual e o preterimento de outro se guia, de certeza, por interesses económicos, ou porque aquele é amigo do outro que também é amigo de não sei quem pretensamente importante...
E aquelas declarações... eu quero lá saber se foi uma funcionária que errou. Não foi a funcionária, foi a editora! Que raio de responsabilidade têm eles, que deixam tudo nas mãos da pobre funcionária? Pior... não lhes bastava atribuir culpas a um subordinado qualquer (o que já é feio!), mas tinham de ser específicos. Ao dizer "funcionária" em vez do genérico "funcionário", estão a dar a entender que já detectaram "a falha" e que já lhe aplicaram a sanção adequada.
Inacreditável.
Autor: Truta Laranja
Data: 21/5/2003
Hora: 11:32
Mais grave do que os erros nos tais manuais são estas mentalidadezinhas de merda...
Reparem nos comentários que esta notícia já mereceu:
Críticas tardias
Acho que deviam estar a analisar os livros que vão ser adquiridos no próximo ano lectivo e não este que pertence ao ano lectivo que está quase a terminar.
Ricardo Pereira (Lisboa)
Notícia sensacionalista
Acho engraçado que estas notícias sejam dadas precisamente no período de escolha dos manuais para o próximo ano lectivo e que apenas se refira uma editora. Todas os manuais têm gralhas e eu como professora podia indicar um role de erros dos vários manuais que conheço.
Agora digo eu: gralhas?? Isto são gralhas? Pode indicar uma lista de erros? Então indique!! Mas não, também deve preferir esta merda de livro porque deve ter mais bonecos do que os outros, e assim também se torna mais fácil para os professores acompanhar as aulas que dão!...
E para os fascistas do público:
os comentários destes paneleiros sabem eles pôr no site!! Os meus, que além de elevada qualidade intelectual e linguística denotam uma inteligência acima da média, censuram eles!!!!
Autor: Manel da Truta
Data: 21/5/2003
Hora: 18:56
Isso de porem as culpas num anónimo funcionário aprenderam com os fascistas do Público: há mais ou menos dois anos mandei um e-mail a reclamar sobre as datas referidas numa coluna sobre o Alberto Korda - a Joana Gorjão Henriques disse só que já no tempo da ditadura de Baptista lhe tinham tentado comprar a famosa foto do Che que só foi tirada depois da revolução, é boa, não é? - e a dita senhora respondeu-me pessoalmente a dizer que a culpa não era dela, era do editor... Para o meu e-mail, estás a ver? O pobre do editor nem sabe do que foi acusado! Ainda por cima os editores costumam cortar, não acrescentar, uma informação indevida num artigo que já era todo ele uma desgraça.
Enfim, deve ser uma escola...
E as caixas pretas vão-se fechando...
Na SICNotícias, Maria do Carmo Vieira, professora da Escola Secundária Marquês de Pombal, em Lisboa, mostra-nos manuais de Português do 10.º Ano. Afirma que a escola deve ser qualidade. Deve abrir horizontes. Proporcionar aos jovens aquilo a que eles não têm acesso no seu quotidiano extra-escolar. Ó senhora professora, não me diga que acha que os jovens andam na escola para crescer como seres humanos e aprender a pensar?! Que disparate!... Estes professores são uns líricos.
Os manuais de Português do 10.º Ano fazem questionários sobre telenovelas. Apresentam autores de épocas e correntes absolutamente díspares sem qualquer tipo de fio condutor ou de lógica pedagógica. Estudam Camões de uma perspectiva autobiográfica (!?!). Têm as páginas repletas de vedetas de telenovelas e Zés Marias e mandam os estudantes ver o Big Brother para depois discutirem as regras. Comparam audiências televisivas. Citam a TVGuia. Perdoem o texto pouco fluido, mas eu ainda estou a digerir o que acabei de ver.
Diz a reforma que a escola deve respeitar referências e linguagens adquiridas em casa. Eu sugiro mais do que isso. A Susaninha do meu querido Quino lamenta, em vésperas de ir para a 1.ª classe, o abandono de toda uma vida dedicada ao analfabetismo. Ora cá está! Voltemos às nossas tradições de séculos e nem sequer vamos ensinar os nossos miúdos a ler.
Ou se calhar só o essencial, para que eles possam ao menos responder aos questionários da TVGuia e votar no Big Brother. Que para assinar de cruz no boletim de voto não é preciso mais.
Que nojo de país!
Na SICNotícias, Maria do Carmo Vieira, professora da Escola Secundária Marquês de Pombal, em Lisboa, mostra-nos manuais de Português do 10.º Ano. Afirma que a escola deve ser qualidade. Deve abrir horizontes. Proporcionar aos jovens aquilo a que eles não têm acesso no seu quotidiano extra-escolar. Ó senhora professora, não me diga que acha que os jovens andam na escola para crescer como seres humanos e aprender a pensar?! Que disparate!... Estes professores são uns líricos.
Os manuais de Português do 10.º Ano fazem questionários sobre telenovelas. Apresentam autores de épocas e correntes absolutamente díspares sem qualquer tipo de fio condutor ou de lógica pedagógica. Estudam Camões de uma perspectiva autobiográfica (!?!). Têm as páginas repletas de vedetas de telenovelas e Zés Marias e mandam os estudantes ver o Big Brother para depois discutirem as regras. Comparam audiências televisivas. Citam a TVGuia. Perdoem o texto pouco fluido, mas eu ainda estou a digerir o que acabei de ver.
Diz a reforma que a escola deve respeitar referências e linguagens adquiridas em casa. Eu sugiro mais do que isso. A Susaninha do meu querido Quino lamenta, em vésperas de ir para a 1.ª classe, o abandono de toda uma vida dedicada ao analfabetismo. Ora cá está! Voltemos às nossas tradições de séculos e nem sequer vamos ensinar os nossos miúdos a ler.
Ou se calhar só o essencial, para que eles possam ao menos responder aos questionários da TVGuia e votar no Big Brother. Que para assinar de cruz no boletim de voto não é preciso mais.
Que nojo de país!
Terço-vivo
Ora que bonito. A fé em todo o seu esplendor, patrocinada por mecenas que fazem da filosofia cristã a base do seu dia-a-dia... E sempre pode ser que apareça no Politeama "Maria, o musical", três anos em cena e digressão ao Vaticano. Rita Ribeiro no papel principal - que isto da espiritualidade ajuda a resolver conflitos - e Hugo Rendas como menino Jesus. La Féria, La Féria, quem sabe não dorme!
Ora que bonito. A fé em todo o seu esplendor, patrocinada por mecenas que fazem da filosofia cristã a base do seu dia-a-dia... E sempre pode ser que apareça no Politeama "Maria, o musical", três anos em cena e digressão ao Vaticano. Rita Ribeiro no papel principal - que isto da espiritualidade ajuda a resolver conflitos - e Hugo Rendas como menino Jesus. La Féria, La Féria, quem sabe não dorme!
sexta-feira, outubro 10, 2003
Vieira, Vieira...
Ignorado ao início, desdenhado pelos adversários, injustamente desprezado pelos pseudo-políticos deste país, cada vez mais me convenço de que Manuel João Vieira só não ganhou as últimas eleições para a Presidência da República porque o seu nome não chegou a constar do boletim de voto.
Mas não fiques triste, Manuel João! Deixaste uma preciosa herança - cada vez mais o governo se aproveita (despudoradamente) das tuas ideias e propostas, adoptando-as na sua essência, apenas com um nome ligeiramente diferente daquele por ti proposto (para disfarçar, e tal...).
Descobri no Desejo Casar que o "Ministério da Prostituição e Florestas (uma puta atrás de cada pinheiro)" foi mesmo avante, sob a pomposa designação de "Secretaria de Estado das Florestas" (mas, no fundo, palpita-me que seja exactamente a mesma coisa)!
Vieira: o Presidente que Portugal merece! (cada vez mais me convenço disso)
Ignorado ao início, desdenhado pelos adversários, injustamente desprezado pelos pseudo-políticos deste país, cada vez mais me convenço de que Manuel João Vieira só não ganhou as últimas eleições para a Presidência da República porque o seu nome não chegou a constar do boletim de voto.
Mas não fiques triste, Manuel João! Deixaste uma preciosa herança - cada vez mais o governo se aproveita (despudoradamente) das tuas ideias e propostas, adoptando-as na sua essência, apenas com um nome ligeiramente diferente daquele por ti proposto (para disfarçar, e tal...).
Descobri no Desejo Casar que o "Ministério da Prostituição e Florestas (uma puta atrás de cada pinheiro)" foi mesmo avante, sob a pomposa designação de "Secretaria de Estado das Florestas" (mas, no fundo, palpita-me que seja exactamente a mesma coisa)!
Vieira: o Presidente que Portugal merece! (cada vez mais me convenço disso)
Ao jeito de quem gosta, o caminho faz-se a caminhar ou Nas esferas do teatro e da liberdade
Era uma vez, há muitos anos, um ser da cultura que criava por aqui em Queluz, Massamá e Monte Abraão – e por ali, Tondela, Porto, Coimbra, Moçambique – encontrava outros seres e misturava águas, mágoas, alegrias e projectos.
Este 1.º FINCA-TE, este risco tão arriscado, nasce de todas estas pessoas que encheram este lençol de água que, agora, em 7 dias e 7 noites de 2003, vai desaguar na cidade de Queluz.
Já desaguou. Ainda corre o caudal, até amanhã, sábado dia 11. E aconselho-vos eu, icem âncoras, façam-se ao estuário de referências, influências, liberdades, cumplicidades e felicidades que alaga o aparentemente inócuo pavilhão da Teatroesfera, ironicamente arrumado por detrás do McDonald’s de Queluz-Massamá. Não se deixem assustar pelo IC19 nem pelas pontes que caem. Neste país está tudo a cair e se não for a ponte há-de ser um tijolo - ou um ministro - que tombe de um qualquer castanheiro e lhes acerte em cheio numa têmpora. Mais uma razão para agradecer do fundo do coração a quem dedica a sua vida a construir e a solidificar públicos de teatro, entregando generosamente a sua arte e a sua alegria de viver e de criar a todos os que recusam ser encerrados nas exíguas caixas pretas que nos deixam sem ar e sem saída - fora delas dizem-nos que somos ninguém, dentro delas deixamos de saber quem somos. Mas a Teatroesfera sabe quem é. Ainda bem para nós.
Ontem estrearam o seu primeiro espectáculo de café-teatro, Anónimos, a partir de três espectáculos que marcaram a sua história como companhia e o seu público – Malaquias, ou a história de um homem barbaramente agredido, Caixa Preta e O Erro Humano, cruzando, principalmente, textos deliciosamente subversivos, politicamente apolíticos e desencantadamente esperançosos de Teresa Faria e José Carretas.
Cinco pessoas generosas, cinco actores absurdamente sérios no seu trabalho. Emanuel Arada, Paula Sousa, Paulo B., Paulo Oom e Teresa Faria (ai Mité, custa tanto dar-te um nome “tão sério”…), não fazem do seu objectivo principal um lugar ao sol no jet-set ou nas telenovelas, nem estiveram no Big Brother Famosos, até porque, sejamos francos, quem é que os conhece? Mas entregam-nos muito mais de si do que se pudéssemos vê-los na casa-de-banho. Há coisas infinitamente mais pessoais do que lavar os dentes frente a uma câmara.
Não foi espectáculo único, vai acontecer aos sábados em Novembro. E já agora não percam os Galináceos, que há-de estrear no fim deste mês. Mexam-se, procurem, forcem as tampas das vossas caixas pretas. Se não o fizerem só não se arrependerão porque se manterão na ignorância… É uma escolha, como tudo.
Era uma vez, há muitos anos, um ser da cultura que criava por aqui em Queluz, Massamá e Monte Abraão – e por ali, Tondela, Porto, Coimbra, Moçambique – encontrava outros seres e misturava águas, mágoas, alegrias e projectos.
Este 1.º FINCA-TE, este risco tão arriscado, nasce de todas estas pessoas que encheram este lençol de água que, agora, em 7 dias e 7 noites de 2003, vai desaguar na cidade de Queluz.
Já desaguou. Ainda corre o caudal, até amanhã, sábado dia 11. E aconselho-vos eu, icem âncoras, façam-se ao estuário de referências, influências, liberdades, cumplicidades e felicidades que alaga o aparentemente inócuo pavilhão da Teatroesfera, ironicamente arrumado por detrás do McDonald’s de Queluz-Massamá. Não se deixem assustar pelo IC19 nem pelas pontes que caem. Neste país está tudo a cair e se não for a ponte há-de ser um tijolo - ou um ministro - que tombe de um qualquer castanheiro e lhes acerte em cheio numa têmpora. Mais uma razão para agradecer do fundo do coração a quem dedica a sua vida a construir e a solidificar públicos de teatro, entregando generosamente a sua arte e a sua alegria de viver e de criar a todos os que recusam ser encerrados nas exíguas caixas pretas que nos deixam sem ar e sem saída - fora delas dizem-nos que somos ninguém, dentro delas deixamos de saber quem somos. Mas a Teatroesfera sabe quem é. Ainda bem para nós.
Ontem estrearam o seu primeiro espectáculo de café-teatro, Anónimos, a partir de três espectáculos que marcaram a sua história como companhia e o seu público – Malaquias, ou a história de um homem barbaramente agredido, Caixa Preta e O Erro Humano, cruzando, principalmente, textos deliciosamente subversivos, politicamente apolíticos e desencantadamente esperançosos de Teresa Faria e José Carretas.
Cinco pessoas generosas, cinco actores absurdamente sérios no seu trabalho. Emanuel Arada, Paula Sousa, Paulo B., Paulo Oom e Teresa Faria (ai Mité, custa tanto dar-te um nome “tão sério”…), não fazem do seu objectivo principal um lugar ao sol no jet-set ou nas telenovelas, nem estiveram no Big Brother Famosos, até porque, sejamos francos, quem é que os conhece? Mas entregam-nos muito mais de si do que se pudéssemos vê-los na casa-de-banho. Há coisas infinitamente mais pessoais do que lavar os dentes frente a uma câmara.
Não foi espectáculo único, vai acontecer aos sábados em Novembro. E já agora não percam os Galináceos, que há-de estrear no fim deste mês. Mexam-se, procurem, forcem as tampas das vossas caixas pretas. Se não o fizerem só não se arrependerão porque se manterão na ignorância… É uma escolha, como tudo.
O Miguel Graça Moura é o Pipi!
Lembrei-me agora!! Só pode ser... E digo isto sem desprimor para o Pipi! Um homem que põe nas contas da AMEC as viagens, estadas e o salário das rapariguinhas que lhe fazem companhia tem muita pinta!
Viva o Graça Moura! Abaixo os invejosos que não se lembraram de fazer o mesmo que ele!!
(No fundo, qual é a diferença entre "colaboradoras para a orquestra" e "prestadoras de serviços de carácter sexual"? Não vai tudo dar ao mesmo?...)
Lembrei-me agora!! Só pode ser... E digo isto sem desprimor para o Pipi! Um homem que põe nas contas da AMEC as viagens, estadas e o salário das rapariguinhas que lhe fazem companhia tem muita pinta!
Viva o Graça Moura! Abaixo os invejosos que não se lembraram de fazer o mesmo que ele!!
(No fundo, qual é a diferença entre "colaboradoras para a orquestra" e "prestadoras de serviços de carácter sexual"? Não vai tudo dar ao mesmo?...)
Há 25 anos…
…partiu Jacques Brel. Pourquoi déjà et où aller?
De chrysanthèmes en chrysanthèmes
Nos amitiés sont en partance
De chrysanthèmes en chrysanthèmes
La mort potence nos dulcinées
De chrysanthèmes en chrysanthèmes
Les autres fleurs font ce qu’elles peuvent
De chrysanthèmes en chrysanthèmes
Les hommes pleurent, les femmes pleuvent
J’arrive, j’arrive
Mais qu’est ce que j’aurais bien aimé
Encore une fois traîner mes os
Jusqu’au soleil, jusqu’à l’été
Jusqu’au printemps, jusqu’à demain
J’arrive, j’arrive
Mais qu’est ce que j’aurais bien aimé
Encore une fois voir si le fleuve
Est encore fleuve, voir si le port est encore port, m’y voir encore
J’arrive, j’arrive
Mais pourquoi moi, pourquoi maint’nant
Pourquoi déjà et où aller
J’arrive, bien sûr, j’arrive
N’ai-je jamais rien fait d’autre qu’arriver
De chrysanthèmes en chrysanthèmes
A chaque fois plus solitaire
De chrysanthèmes en chrysanthèmes
A chaque fois surnuméraire
J’arrive, j’arrive
Mais qu’est ce que j’aurais bien aimé
Encore une fois prendre un amour
Comme on prend l’train, pour plus être seul
Pour être ailleurs, pour être bien
J’arrive, j’arrive
Mais qu’est ce que j’aurais bien aimé
Encore une fois remplir d’étoiles
Un corps qui tremble, et tomber mort brûlé d’amour le cœur en cendres
J’arrive, j’arrive
C’est même pas toi qu’es en avance
C’est déjà moi qui suis en retard
J’arrive, bien sûr, j’arrive
N’ai-je jamais rien fait d’autre qu’arriver
…partiu Jacques Brel. Pourquoi déjà et où aller?
De chrysanthèmes en chrysanthèmes
Nos amitiés sont en partance
De chrysanthèmes en chrysanthèmes
La mort potence nos dulcinées
De chrysanthèmes en chrysanthèmes
Les autres fleurs font ce qu’elles peuvent
De chrysanthèmes en chrysanthèmes
Les hommes pleurent, les femmes pleuvent
J’arrive, j’arrive
Mais qu’est ce que j’aurais bien aimé
Encore une fois traîner mes os
Jusqu’au soleil, jusqu’à l’été
Jusqu’au printemps, jusqu’à demain
J’arrive, j’arrive
Mais qu’est ce que j’aurais bien aimé
Encore une fois voir si le fleuve
Est encore fleuve, voir si le port est encore port, m’y voir encore
J’arrive, j’arrive
Mais pourquoi moi, pourquoi maint’nant
Pourquoi déjà et où aller
J’arrive, bien sûr, j’arrive
N’ai-je jamais rien fait d’autre qu’arriver
De chrysanthèmes en chrysanthèmes
A chaque fois plus solitaire
De chrysanthèmes en chrysanthèmes
A chaque fois surnuméraire
J’arrive, j’arrive
Mais qu’est ce que j’aurais bien aimé
Encore une fois prendre un amour
Comme on prend l’train, pour plus être seul
Pour être ailleurs, pour être bien
J’arrive, j’arrive
Mais qu’est ce que j’aurais bien aimé
Encore une fois remplir d’étoiles
Un corps qui tremble, et tomber mort brûlé d’amour le cœur en cendres
J’arrive, j’arrive
C’est même pas toi qu’es en avance
C’est déjà moi qui suis en retard
J’arrive, bien sûr, j’arrive
N’ai-je jamais rien fait d’autre qu’arriver
quinta-feira, outubro 09, 2003
Laranja, Laranja, isto para ti é canja!
Os Salmonetes voltaram, viva a Laranja!
Não te esqueças de avisar o AdC...
Os Salmonetes voltaram, viva a Laranja!
Não te esqueças de avisar o AdC...
Estado novo (e não Estado-Novo)
Segundo Anabela Neves, está neste momento a ser empossado cada "secretário de estado novo", para além da nova ministra dos Estrangeiros. Secretário de estado novo. Soa mal, embora realista. Ó Anabela, não andarás a precisar de umas férias?
Segundo Anabela Neves, está neste momento a ser empossado cada "secretário de estado novo", para além da nova ministra dos Estrangeiros. Secretário de estado novo. Soa mal, embora realista. Ó Anabela, não andarás a precisar de umas férias?
A pedido de várias famílias...
... já cá temos outra vez os Salmonetes. Estes são um bocado mais ranhosos, dizem sempre "salmonetes" no plural, com o número de salmonetes deixados à frente. Mas foi o melhor que arranjei. E nestes podemos mudar as cores.
Com estas coisas é que as mulheres se derretem... "eu sei que não é tão bom, mas é tão quiiido!"
... já cá temos outra vez os Salmonetes. Estes são um bocado mais ranhosos, dizem sempre "salmonetes" no plural, com o número de salmonetes deixados à frente. Mas foi o melhor que arranjei. E nestes podemos mudar as cores.
Com estas coisas é que as mulheres se derretem... "eu sei que não é tão bom, mas é tão quiiido!"
Desfile de ignorância ou o maior poste que já aqui escrevi, tal é a indignação que sinto
É aquilo a que se tem assistido nas televisões e nos jornais, desde que o processo da pedofilia começou. E o desfile tem feito tanto sucesso que os ignorantões que o integram se tentam superar a si próprios, partilhando com o público um cada vez maior chorrilho de asneiras. A libertação de Paulo Pedroso foi apenas o culminar de toda esta feira de imbecilidades.
A maioria das pessoas não tem culpa. Infelizmente, os conceitos jurídicos não são acessíveis a todos, e por isso é fácil enganar quem não está à vontade nestas questões. Seria de esperar que quem tem a enorme responsabilidade de informar – e, por vezes, até a de formar – não fosse, precisamente, quem mais deforma os factos e as consequências que deles se devem extrair.
Não me querendo repetir acerca do que o Manel já disse (e muito bem!), faço apenas os seguintes comentários:
1. Uma coisa são os factos que consubstanciam a prática de um crime. Outra são os pressupostos de aplicação da prisão preventiva.
O arguido pode até confessar o crime, mas se não se verificar perigo de fuga, perigo de perturbação do decurso do inquérito (etc., não vos vou maçar com os restantes pressupostos), não pode ser preso preventivamente. Percebe-se, assim, que o facto de P.P. ter sido solto não quer dizer absolutamente nada acerca da sua inocência.
Quando Anabela Neves, da SIC, perguntou ontem a Celso Cruzeiro se “o TRL entendeu não haver nada contra Paulo Pedroso, por que é que o mantém como arguido?” estava apenas a prestar a sua “piquena” contribuição para o alastrar da ignorância geral. Não se pode esperar que Celso Cruzeiro esclarecesse a senhora e os telespectadores. Se fosse advogada do P.P., também não esclareceria. Nem abriria a boca. Simplesmente porque os Estatutos da Ordem dos Advogados não permitem que os advogados se pronunciem acerca dos processos que patrocinam.
2. Vejamos a cronologia do processo: P.P. foi preso preventivamente no dia 22 de Maio. O advogado recorreu. Os pressupostos de aplicação da prisão preventiva foram reapreciados no dia 11 de Julho. O Tribunal da Relação entendeu não apreciar o recurso interposto, uma vez que já tinha havido novo despacho. Houve recurso do novo despacho e recurso da decisão do TRL não apreciar o primeiro despacho. O TC decidiu que o TRL devia ter decidido relativamente ao primeiro despacho. E agora, qual foi o despacho apreciado pela Relação de Lisboa? O primeiro, ou o segundo?
Isto é muito importante:
Se foi o primeiro despacho, ou seja, aquele que apreciou se no dia 22 de Maio se encontravam reunidos os pressupostos de aplicação da prisão preventiva a P.P., então pode dizer-se que ele esteve injustamente preso desde o início. Mas não nos esqueçamos que os tais pressupostos foram reavaliados no dia 11 de Julho, e foi com base no despacho proferido nesse dia que P.P. se encontrava preso, até ontem. O que me leva a concluir que, se o TRL apreciou agora o primeiro despacho, P.P. não poderia ser solto. Tal decisão seria importante apenas para determinar uma eventual indemnização por privação da liberdade ilegal ou injustificada durante os meses em que esteve preso ao abrigo do primeiro despacho.
Logo, só pode ter sido o segundo. Se assim foi, teremos de esperar pela decisão acerca do primeiro despacho para saber se ele esteve injustamente preso desde o início. Agora, apenas podemos dizer que a prisão foi ilegal desde 11 de Julho até agora.
3. Os gajos do Público são completamente idiotas quando se referem ao conteúdo do acórdão da Relação. Que eu saiba, o acórdão encontra-se em segredo de justiça. Por isso, só posso concluir que o Público se limitou a "mandar bocas" sobre qualquer coisa que "ouviu dizer". Um jornal devia ter a decência de não se pronunciar sobre aquilo que não pode. Se houve fuga de informação, ninguém deveria poder dela beneficiar, quanto mais não seja porque a informação obtida dessa forma é sempre falível.
4. Em resposta ao Barnabé: quando um Tribunal de instância superior dá provimento a um recurso, isso quer dizer que o juiz do Tribunal recorrido é um imbecil? E isso quer dizer que o sistema judicial, que se baseia na recorribilidade das sentenças - e, para isso, admite a existência de magistrados imbecis - é uma imbecilidade?
Se as leis fossem de aplicação automática e matemática, o "erro" seria facilmente detectável e qualificável como uma "imbecilidade". Como não são, temos de nos contentar em entender tudo isto como uma "diferença de opinião". Não nos esqueçamos de que o juiz relator votou contra o acórdão. Será imbecil?
É aquilo a que se tem assistido nas televisões e nos jornais, desde que o processo da pedofilia começou. E o desfile tem feito tanto sucesso que os ignorantões que o integram se tentam superar a si próprios, partilhando com o público um cada vez maior chorrilho de asneiras. A libertação de Paulo Pedroso foi apenas o culminar de toda esta feira de imbecilidades.
A maioria das pessoas não tem culpa. Infelizmente, os conceitos jurídicos não são acessíveis a todos, e por isso é fácil enganar quem não está à vontade nestas questões. Seria de esperar que quem tem a enorme responsabilidade de informar – e, por vezes, até a de formar – não fosse, precisamente, quem mais deforma os factos e as consequências que deles se devem extrair.
Não me querendo repetir acerca do que o Manel já disse (e muito bem!), faço apenas os seguintes comentários:
1. Uma coisa são os factos que consubstanciam a prática de um crime. Outra são os pressupostos de aplicação da prisão preventiva.
O arguido pode até confessar o crime, mas se não se verificar perigo de fuga, perigo de perturbação do decurso do inquérito (etc., não vos vou maçar com os restantes pressupostos), não pode ser preso preventivamente. Percebe-se, assim, que o facto de P.P. ter sido solto não quer dizer absolutamente nada acerca da sua inocência.
Quando Anabela Neves, da SIC, perguntou ontem a Celso Cruzeiro se “o TRL entendeu não haver nada contra Paulo Pedroso, por que é que o mantém como arguido?” estava apenas a prestar a sua “piquena” contribuição para o alastrar da ignorância geral. Não se pode esperar que Celso Cruzeiro esclarecesse a senhora e os telespectadores. Se fosse advogada do P.P., também não esclareceria. Nem abriria a boca. Simplesmente porque os Estatutos da Ordem dos Advogados não permitem que os advogados se pronunciem acerca dos processos que patrocinam.
2. Vejamos a cronologia do processo: P.P. foi preso preventivamente no dia 22 de Maio. O advogado recorreu. Os pressupostos de aplicação da prisão preventiva foram reapreciados no dia 11 de Julho. O Tribunal da Relação entendeu não apreciar o recurso interposto, uma vez que já tinha havido novo despacho. Houve recurso do novo despacho e recurso da decisão do TRL não apreciar o primeiro despacho. O TC decidiu que o TRL devia ter decidido relativamente ao primeiro despacho. E agora, qual foi o despacho apreciado pela Relação de Lisboa? O primeiro, ou o segundo?
Isto é muito importante:
Se foi o primeiro despacho, ou seja, aquele que apreciou se no dia 22 de Maio se encontravam reunidos os pressupostos de aplicação da prisão preventiva a P.P., então pode dizer-se que ele esteve injustamente preso desde o início. Mas não nos esqueçamos que os tais pressupostos foram reavaliados no dia 11 de Julho, e foi com base no despacho proferido nesse dia que P.P. se encontrava preso, até ontem. O que me leva a concluir que, se o TRL apreciou agora o primeiro despacho, P.P. não poderia ser solto. Tal decisão seria importante apenas para determinar uma eventual indemnização por privação da liberdade ilegal ou injustificada durante os meses em que esteve preso ao abrigo do primeiro despacho.
Logo, só pode ter sido o segundo. Se assim foi, teremos de esperar pela decisão acerca do primeiro despacho para saber se ele esteve injustamente preso desde o início. Agora, apenas podemos dizer que a prisão foi ilegal desde 11 de Julho até agora.
3. Os gajos do Público são completamente idiotas quando se referem ao conteúdo do acórdão da Relação. Que eu saiba, o acórdão encontra-se em segredo de justiça. Por isso, só posso concluir que o Público se limitou a "mandar bocas" sobre qualquer coisa que "ouviu dizer". Um jornal devia ter a decência de não se pronunciar sobre aquilo que não pode. Se houve fuga de informação, ninguém deveria poder dela beneficiar, quanto mais não seja porque a informação obtida dessa forma é sempre falível.
4. Em resposta ao Barnabé: quando um Tribunal de instância superior dá provimento a um recurso, isso quer dizer que o juiz do Tribunal recorrido é um imbecil? E isso quer dizer que o sistema judicial, que se baseia na recorribilidade das sentenças - e, para isso, admite a existência de magistrados imbecis - é uma imbecilidade?
Se as leis fossem de aplicação automática e matemática, o "erro" seria facilmente detectável e qualificável como uma "imbecilidade". Como não são, temos de nos contentar em entender tudo isto como uma "diferença de opinião". Não nos esqueçamos de que o juiz relator votou contra o acórdão. Será imbecil?
Como fã do Barnabé, não posso deixar de botar faladura:
Meus amigos, também tenho algumas reservas quanto ao andamento deste processo, mas se este juiz é imbecil por ter mantido o Paulo Pedroso em preventiva sem bases técnicas para isso - porque, não se enganem, é disto e só disto que se trata - então que dizer de todos os outros que são responsáveis por prisões preventivas ilegais, injustas e atentatórias dos direitos dos cidadãos? São menos imbecis porque as vítimas são anónimos e não o Paulo Pedroso? Ou também já nos esquecemos todos de que o Otelo e tantos outros arguidos das FP-25 estiveram mais de três anos em preventiva?
E este tipo de abuso, infelizmente, é comum na justiça portuguesa, todos o sabíamos, não é verdade? Temos demasiadas heranças do medo, da desconfiança e da ausência de direitos que este triste país tem feito questão de manter ao longo dos séculos. E pensar que fizemos uma revolução com vontade e flores, que fomos dos primeiros no mundo a abolir a escravatura e a pena de morte... foram espasmos culturais sem exemplo, concerteza... Às vezes tenho esperança que não, mas logo a realidade portuguesa me atinge. Brutalmente e sem piedade.
Mas esta movimentação do PS para transformar Pedroso num herói nacional injustamente encarcerado por um juiz vingador está a dar-me a volta ao estômago. O que se passa é que os indícios de crime continuam lá, as justificações para a prisão preventiva é que não. O próprio João Pedroso é advogado, podia tentar explicar isto aos senhores que lhe querem beatificar o irmão.
É que ainda lhes sai o tiro pela culatra...
E vamos lá a ver: o que é que tem o Barnabé, que é diferente dos outros? Neste momento? Muito pouco...
Meus amigos, também tenho algumas reservas quanto ao andamento deste processo, mas se este juiz é imbecil por ter mantido o Paulo Pedroso em preventiva sem bases técnicas para isso - porque, não se enganem, é disto e só disto que se trata - então que dizer de todos os outros que são responsáveis por prisões preventivas ilegais, injustas e atentatórias dos direitos dos cidadãos? São menos imbecis porque as vítimas são anónimos e não o Paulo Pedroso? Ou também já nos esquecemos todos de que o Otelo e tantos outros arguidos das FP-25 estiveram mais de três anos em preventiva?
E este tipo de abuso, infelizmente, é comum na justiça portuguesa, todos o sabíamos, não é verdade? Temos demasiadas heranças do medo, da desconfiança e da ausência de direitos que este triste país tem feito questão de manter ao longo dos séculos. E pensar que fizemos uma revolução com vontade e flores, que fomos dos primeiros no mundo a abolir a escravatura e a pena de morte... foram espasmos culturais sem exemplo, concerteza... Às vezes tenho esperança que não, mas logo a realidade portuguesa me atinge. Brutalmente e sem piedade.
Mas esta movimentação do PS para transformar Pedroso num herói nacional injustamente encarcerado por um juiz vingador está a dar-me a volta ao estômago. O que se passa é que os indícios de crime continuam lá, as justificações para a prisão preventiva é que não. O próprio João Pedroso é advogado, podia tentar explicar isto aos senhores que lhe querem beatificar o irmão.
É que ainda lhes sai o tiro pela culatra...
E vamos lá a ver: o que é que tem o Barnabé, que é diferente dos outros? Neste momento? Muito pouco...
Ó Laranja...
Como é que é? Não podemos deixar o AdC tanto tempo a salivar. Quer dizer, o Pavlov está morto, so what's the point? SALMONETES JÁ!!!
Como é que é? Não podemos deixar o AdC tanto tempo a salivar. Quer dizer, o Pavlov está morto, so what's the point? SALMONETES JÁ!!!
quarta-feira, outubro 08, 2003
Presságios...
Não é que li hoje que o presidente do colectivo de juízes que vai julgar o Bibi é o mesmo que assinou a prescrição do caso dos hemofílicos?... Chamem-me alarmista, mas a verdade é que isto não me augura nada de bom...
Não é que li hoje que o presidente do colectivo de juízes que vai julgar o Bibi é o mesmo que assinou a prescrição do caso dos hemofílicos?... Chamem-me alarmista, mas a verdade é que isto não me augura nada de bom...
Afinal, de quem é a culpa?
No Barnabé, um post muito a propósito, do Daniel Oliveira. Estranhamente, o único comentário presente é o meu. Se calhar a Constituição é mesmo uma coisa muito abstracta...
Quando oiço as dissertações da direita portuguesa - donde, dos nossos governantes - sobre a Constituição, até sou capaz de jurar que o melhor para o avanço do país e da sociedade é nem haver Constituição nenhuma! P'ra quê? Leis e direitos fundamentais, igualdade de oportunidades independentemente de raça, credo ou orientação sexual, repúdio das penas de vingança - prisão perpétua, pena de morte - em favor das penas de justiça, etc. etc. etc., mas por alma de quem, para quê? As empresas também não têm Constituição, e uma vez que são elas o modelo de modernidade e progresso que aparentemente temos de seguir, podemos começar já por aí. Ai, mestre JHF, a falta que fazes a esta gente esquerdelha de vistas curtas! Afinal, nas sociedades esclavagistas não havia necessidade dessas perdas de tempo que são as lutas laborais, a segurança no trabalho, o direito a ter, ao menos, as necessidades básicas asseguradas, assistência social, saúde e educação públicas, mesmo a própria remuneração... Isso sim, é que era trabalho! Responsabilidade social! Sentido de Estado! Patriotismo!
Ó gentes de Portugal: aprendei com os escravos da história. O Spartacus nunca existiu! Deixai-vos de tretas e assumi de uma vez por todas que não sois pessoas, mas apenas e só força de trabalho para que quem manda possa fazer a vida a que acha que tem direito. Então seremos finalmente uma grandiosa nação, temente a Deus, vegetativa e suicidada!
No Barnabé, um post muito a propósito, do Daniel Oliveira. Estranhamente, o único comentário presente é o meu. Se calhar a Constituição é mesmo uma coisa muito abstracta...
Quando oiço as dissertações da direita portuguesa - donde, dos nossos governantes - sobre a Constituição, até sou capaz de jurar que o melhor para o avanço do país e da sociedade é nem haver Constituição nenhuma! P'ra quê? Leis e direitos fundamentais, igualdade de oportunidades independentemente de raça, credo ou orientação sexual, repúdio das penas de vingança - prisão perpétua, pena de morte - em favor das penas de justiça, etc. etc. etc., mas por alma de quem, para quê? As empresas também não têm Constituição, e uma vez que são elas o modelo de modernidade e progresso que aparentemente temos de seguir, podemos começar já por aí. Ai, mestre JHF, a falta que fazes a esta gente esquerdelha de vistas curtas! Afinal, nas sociedades esclavagistas não havia necessidade dessas perdas de tempo que são as lutas laborais, a segurança no trabalho, o direito a ter, ao menos, as necessidades básicas asseguradas, assistência social, saúde e educação públicas, mesmo a própria remuneração... Isso sim, é que era trabalho! Responsabilidade social! Sentido de Estado! Patriotismo!
Ó gentes de Portugal: aprendei com os escravos da história. O Spartacus nunca existiu! Deixai-vos de tretas e assumi de uma vez por todas que não sois pessoas, mas apenas e só força de trabalho para que quem manda possa fazer a vida a que acha que tem direito. Então seremos finalmente uma grandiosa nação, temente a Deus, vegetativa e suicidada!
terça-feira, outubro 07, 2003
Um poste quase a sério
(os maluquinhos da gargalhada fácil passem ao poste seguinte, fáxavor)
Para evitar futuros mal entendidos:
1. Quando escrevo [gargalhada tonitruante e olhar esgazeado] eu não estou, realmente, a dar nenhuma gargalhada tonitruante nem a fazer qualquer olhar esgazeado. Toda a gente sabe que as trutas não esboçam sequer um sorriso e que têm sempre o mesmo olhar: esbugalhado.
2. Quando aparece um link para o site da Al-Jazeera nos "Gajos que falam de nós", não percam demasiado tempo à procura do artigo onde eles falam das Trutas (até porque aquilo está tudo em árabe, torna-se complicado...). Provavelmente tratar-se-á apenas de uma graçola aqui da Laranja - embora já tenha havido quem tivesse perdido horas da sua vida nessa ingrata tarefa.
3. Quando chamo "papalvo" a alguém, nem sempre quero fazê-lo. Na verdade, eu gosto é muito da palavra "papalvo", bem como do correspondente castelhano, gilipollas. Mas às vezes quero.
4. Quando escrevo uma palavra em estrangeiro (vide 3, supra), normalmente não verifico se a escrevi correctamente. Estou-me nas tintas (estado que se verifica em muitas outras ocasiões, na vida).
5. Quando a Azul ou a Vermelha se referirem a mim como "o ácaro da blogosfera", não liguem.
(os maluquinhos da gargalhada fácil passem ao poste seguinte, fáxavor)
Para evitar futuros mal entendidos:
1. Quando escrevo [gargalhada tonitruante e olhar esgazeado] eu não estou, realmente, a dar nenhuma gargalhada tonitruante nem a fazer qualquer olhar esgazeado. Toda a gente sabe que as trutas não esboçam sequer um sorriso e que têm sempre o mesmo olhar: esbugalhado.
2. Quando aparece um link para o site da Al-Jazeera nos "Gajos que falam de nós", não percam demasiado tempo à procura do artigo onde eles falam das Trutas (até porque aquilo está tudo em árabe, torna-se complicado...). Provavelmente tratar-se-á apenas de uma graçola aqui da Laranja - embora já tenha havido quem tivesse perdido horas da sua vida nessa ingrata tarefa.
3. Quando chamo "papalvo" a alguém, nem sempre quero fazê-lo. Na verdade, eu gosto é muito da palavra "papalvo", bem como do correspondente castelhano, gilipollas. Mas às vezes quero.
4. Quando escrevo uma palavra em estrangeiro (vide 3, supra), normalmente não verifico se a escrevi correctamente. Estou-me nas tintas (estado que se verifica em muitas outras ocasiões, na vida).
5. Quando a Azul ou a Vermelha se referirem a mim como "o ácaro da blogosfera", não liguem.
Não me apetece fazer nada hoje
Dedico esta imagem a mim própria. Já me fartei de ter ideias geniais para postes, todas elas engraçadíssimas, mas é como diz o Animal: só o tempo que isso leva a fazer...
Dedico esta imagem a mim própria. Já me fartei de ter ideias geniais para postes, todas elas engraçadíssimas, mas é como diz o Animal: só o tempo que isso leva a fazer...
domingo, outubro 05, 2003
Saudades... vossas.
E pronto, já ando na montanha russa novamente. E não tenho tempo! Não tenho tempo! E penso e grito e choro e revolto-me, mas não tenho tempo de escrever, nem cérebro disponível para alinhar meia dúzia de larachas. E como neste pântano de que nos fala a Vermelha continuam a medrar as sanguessugas e bichos do lodo - sem desprimor para os verdadeiros, que pelo menos não fazem leis nem têm responsabilidades públicas - hoje apetece-me matar saudades vossas com um feliz sotaque brasileiro. O do Zeca. Disco, Líricas.
É mais fácil cultuar os mortos que os vivos
mais fácil viver de sombras que de sóis
é mais fácil mimeografar o passado do que imprimir o futuro
Não quero ser triste
como um poeta que envelhece lendo Mayakovsky na loja de conveniência
Não quero ser alegre
como um cão que sai a passear com o seu dono alegre sob o sol de domingo
Nem quero ser estanque
como quem constrói estradas e não anda
Quero no escuro
como um cego tactear estrelas distraídas
Amoras silvestres no passeio público
Amores secretos debaixo dos guarda-chuvas
Tempestades que não param
Pára-raios quem não tem
Mesmo que não venha o trem não posso parar
E pronto, já ando na montanha russa novamente. E não tenho tempo! Não tenho tempo! E penso e grito e choro e revolto-me, mas não tenho tempo de escrever, nem cérebro disponível para alinhar meia dúzia de larachas. E como neste pântano de que nos fala a Vermelha continuam a medrar as sanguessugas e bichos do lodo - sem desprimor para os verdadeiros, que pelo menos não fazem leis nem têm responsabilidades públicas - hoje apetece-me matar saudades vossas com um feliz sotaque brasileiro. O do Zeca. Disco, Líricas.
É mais fácil cultuar os mortos que os vivos
mais fácil viver de sombras que de sóis
é mais fácil mimeografar o passado do que imprimir o futuro
Não quero ser triste
como um poeta que envelhece lendo Mayakovsky na loja de conveniência
Não quero ser alegre
como um cão que sai a passear com o seu dono alegre sob o sol de domingo
Nem quero ser estanque
como quem constrói estradas e não anda
Quero no escuro
como um cego tactear estrelas distraídas
Amoras silvestres no passeio público
Amores secretos debaixo dos guarda-chuvas
Tempestades que não param
Pára-raios quem não tem
Mesmo que não venha o trem não posso parar
sexta-feira, outubro 03, 2003
Farmácias católicas recusam venda de pílulas do dia seguinte e medicamentos abortivos
Li agora mesmo, no Publico.pt, a notícia de que as farmácias dirigidas por católicos se recusam a vender medicamentos abortivos, pílulas do dia seguinte ou dispositivos intra-uterinos, alegando que se trata de produtos que "atentam contra a vida".
De acordo com a notícia, o presidente da Associação dos Farmacêuticos Católicos Portugueses, Luís Mendonça, explica que são mais moderados em relação aos preservativos e às pílulas anti-concepcionais, uma vez que "Ainda não decidimos sobre esta matéria, mas não temos deixado de vender, pois há que saber se a liberdade de quem vende se deve sobrepor à liberdade de quem procura". E conclui da seguinte forma: "Será justo que um doente crónico, que precisa de medicamentos para sobreviver, adquira estes fármacos com a mesma comparticipação do que um produto que melhora a performance intelectual e até sexual?"
Ora bem! Nada como escolher uma profissão aparentemente neutra para, a partir daí, tentar evangelizar o mundo, impondo aos que nada têm a ver com isso uma determinada visão religiosa, ainda que, para isso, tenha de se renunciar parcialmente ao exercício da profissão que se escolheu!
Já estou a imaginar... lojas de casacos de peles cujos empregados não vendem casacos de peles em prol da defesa dos direitos dos animais, MacDonalds com gerentes vegetarianos e que se recusam a vender hambúrguers, deputados que repudiam o estado de direito democrático e que, em protesto, adormecem no hemiciclo... as possibilidades são infinitas!
Já os estou a imaginar a escolher o curso “hum... vou para farmácia! Para depois, quando tiver uma farmácia só minha, me recusar a vender medicamentos! Aha! Primeiro os DIU, em seguida os pensos rápidos, depois o mundo!!! [olhar esgazeado, gargalhada tonitruante, e tal...]”
Fiquei só com uma dúvida: a última afirmação do senhor presidente fez com que eu tivesse deixado de perceber qual é a questão, afinal! Se calhar é de mim, mas o que é que a comparticipação dos medicamentos tem a ver com o facto de a farmácia se recusar a vendê-los? É a farmácia que estabelece o grau de comparticipação? E se não concordar que os comprimidos para a azia sejam comparticipados, também se recusam a vendê-los? “Ah, refastelaste-te com um lauto almoço, foi? Queres um anti-acidozito? Querias!! Tivesses comido uma sande de queijo, como eu!”
Li agora mesmo, no Publico.pt, a notícia de que as farmácias dirigidas por católicos se recusam a vender medicamentos abortivos, pílulas do dia seguinte ou dispositivos intra-uterinos, alegando que se trata de produtos que "atentam contra a vida".
De acordo com a notícia, o presidente da Associação dos Farmacêuticos Católicos Portugueses, Luís Mendonça, explica que são mais moderados em relação aos preservativos e às pílulas anti-concepcionais, uma vez que "Ainda não decidimos sobre esta matéria, mas não temos deixado de vender, pois há que saber se a liberdade de quem vende se deve sobrepor à liberdade de quem procura". E conclui da seguinte forma: "Será justo que um doente crónico, que precisa de medicamentos para sobreviver, adquira estes fármacos com a mesma comparticipação do que um produto que melhora a performance intelectual e até sexual?"
Ora bem! Nada como escolher uma profissão aparentemente neutra para, a partir daí, tentar evangelizar o mundo, impondo aos que nada têm a ver com isso uma determinada visão religiosa, ainda que, para isso, tenha de se renunciar parcialmente ao exercício da profissão que se escolheu!
Já estou a imaginar... lojas de casacos de peles cujos empregados não vendem casacos de peles em prol da defesa dos direitos dos animais, MacDonalds com gerentes vegetarianos e que se recusam a vender hambúrguers, deputados que repudiam o estado de direito democrático e que, em protesto, adormecem no hemiciclo... as possibilidades são infinitas!
Já os estou a imaginar a escolher o curso “hum... vou para farmácia! Para depois, quando tiver uma farmácia só minha, me recusar a vender medicamentos! Aha! Primeiro os DIU, em seguida os pensos rápidos, depois o mundo!!! [olhar esgazeado, gargalhada tonitruante, e tal...]”
Fiquei só com uma dúvida: a última afirmação do senhor presidente fez com que eu tivesse deixado de perceber qual é a questão, afinal! Se calhar é de mim, mas o que é que a comparticipação dos medicamentos tem a ver com o facto de a farmácia se recusar a vendê-los? É a farmácia que estabelece o grau de comparticipação? E se não concordar que os comprimidos para a azia sejam comparticipados, também se recusam a vendê-los? “Ah, refastelaste-te com um lauto almoço, foi? Queres um anti-acidozito? Querias!! Tivesses comido uma sande de queijo, como eu!”
quarta-feira, outubro 01, 2003
Trutas Rule!
Uns ficam felizes, outros espantados, outros assim-assim! Dizem que estes ranquingues são uma patetice (os que ficaram em último), que não interessam a ninguém...
A mim, apeteceu-me viciar a classificação! Por nenhuma razão em especial. Não foi para provar nada a ninguém, foi só para me divertir! E não é que resultou?... Olha lá as Trutas a subir quase 100 lugares num dia!
Amanhã estamos nos 10 primeiros!
[gargalhada tonitruante e olhar esgazeado]
Cambada de papalvos...
Uns ficam felizes, outros espantados, outros assim-assim! Dizem que estes ranquingues são uma patetice (os que ficaram em último), que não interessam a ninguém...
A mim, apeteceu-me viciar a classificação! Por nenhuma razão em especial. Não foi para provar nada a ninguém, foi só para me divertir! E não é que resultou?... Olha lá as Trutas a subir quase 100 lugares num dia!
Amanhã estamos nos 10 primeiros!
[gargalhada tonitruante e olhar esgazeado]
Cambada de papalvos...
Vale a pena recordar II
O programa eleitoral do Manuel João Vieira.
Nunca outro candidato esteve tão próximo do seu eleitorado ou teve um programa tão ajustado à realidade portuguesa! Manuel João prometia-nos (entre outras coisas):
O Ministério do Monta-Cargas e Camião Cisterna (todos podem participar - diversão nacional) - talvez hoje ele juntasse os helicópteros a esta lista!
- Impedir a edição do novo disco dos Delfins - pronto, já sei que o Statler se vai insurgir contra isto!
- Substituição de todos os generais por presos de delito comum (o que vai dar ao mesmo) e substituição de todos os presos de delito comum por generais
- Obrigar a China a respeitar os direitos humanos (senão zangamo-nos a sério!)
- Caramelização do adversário (reconversão marcial da industria de frutas cristalizadas)
- Novas versões da Barbie: Barbie Pastorinha de Fátima; Barby Puta do Bairro Alto; Barbie Hospedeira da TAP (claro que, agora, teriam a concorrência da Barbie Mil Broches, já publicitada pelos Marretas, mas tenho a certeza que o Manuel João se havia de lembrar de qualquer coisa à altura!
- Comprar Chernobyl e usar como ameaça constante sobre Espanha
- PROJECTO VIDA - Acabar com a morte. Campanha “Vai morrer longe”
Vieira, as Trutas apoiam-te na candidatura à Câmara Municipal de Lisboa!
Juntas, cantaremos: "Vieira, Vieira, o resto é lixeira!"
O programa eleitoral do Manuel João Vieira.
Nunca outro candidato esteve tão próximo do seu eleitorado ou teve um programa tão ajustado à realidade portuguesa! Manuel João prometia-nos (entre outras coisas):
O Ministério do Monta-Cargas e Camião Cisterna (todos podem participar - diversão nacional) - talvez hoje ele juntasse os helicópteros a esta lista!
- Impedir a edição do novo disco dos Delfins - pronto, já sei que o Statler se vai insurgir contra isto!
- Substituição de todos os generais por presos de delito comum (o que vai dar ao mesmo) e substituição de todos os presos de delito comum por generais
- Obrigar a China a respeitar os direitos humanos (senão zangamo-nos a sério!)
- Caramelização do adversário (reconversão marcial da industria de frutas cristalizadas)
- Novas versões da Barbie: Barbie Pastorinha de Fátima; Barby Puta do Bairro Alto; Barbie Hospedeira da TAP (claro que, agora, teriam a concorrência da Barbie Mil Broches, já publicitada pelos Marretas, mas tenho a certeza que o Manuel João se havia de lembrar de qualquer coisa à altura!
- Comprar Chernobyl e usar como ameaça constante sobre Espanha
- PROJECTO VIDA - Acabar com a morte. Campanha “Vai morrer longe”
Vieira, as Trutas apoiam-te na candidatura à Câmara Municipal de Lisboa!
Juntas, cantaremos: "Vieira, Vieira, o resto é lixeira!"